Sobrepeso pode causar problemas para a saúde da mãe e do bebê; veja como evitar
A obesidade está se
tornando cada vez mais recorrente na população. De acordo com a Associação
Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso), no Brasil,
essa doença crônica aumentou 72% nos últimos treze anos, saindo de 11,8% em
2006 para 20,3% em 2019. Enquanto isso, segundo o Atlas Mundial da Obesidade
2022, sem os cuidados necessários, a doença poderá atingir 30% da população
adulta do Brasil até 2030 e 33,2% das mulheres viverão com obesidade.
E entre o público que mais
precisa redobrar os cuidados com a prevenção, estão as grávidas. “Além da
diabetes gestacional, a obesidade pode levar a apneia obstrutiva do sono, que,
por sua vez, aumenta o risco de pré-eclâmpsia e outras complicações”, cita o médico
pós graduado em endocrinologia, Dr. André Moreira.
A doença também causa
riscos à saúde do bebê. “O peso maior que o esperado para idade
gestacional, pode aumentar o risco de abortos, de síndrome metabólica e
obesidade infantil, desenvolvimento de malformações fetais, além de dificultar
a detecção de complicações no ultrassom”, explica.
O excesso de peso também
pode dificultar a amamentação, importante para o desenvolvimento da criança.
“Devido às limitações de ordem física, pode haver dificuldade para o
aleitamento materno. Mulheres obesas podem, ainda, sofrer com a redução da
produção de leite materno”, revela o médico.
Tratamento
Atingir um peso saudável
para quem planeja engravidar é muito importante. “O ideal é tratar a obesidade
antes de engravidar, por meio de reeducação alimentar, atividade física e, se
necessário, reposição de hormônios e remédios”, aconselha.
A obesidade é a condição médica mais comum das mulheres em idade reprodutiva. “A classificação da obesidade é feita pelo índice de massa corporal (IMC). Segundo a Organização Mundial da Saúde, o IMC ≥ 30 kg/m2 já é considerado obesidade. Na gestação, pelo aumento da quantidade de líquido no organismo, o IMC se correlaciona com a quantidade de gordura corporal”, frisa André.
Dessa forma, o ideal é procurar ajuda médica. “Procure um
profissional capacitado para indicar o melhor tratamento para seu caso, assim,
você e seu bebê estarão seguros”, finaliza.
André Moreira - formado em Medicina, desde 2008, pela Universidade
Federal De Minas Gerais – UFMG, pós-graduado em endocrinologia e tratamento da
obesidade.
Instagram:@drandre.moreira,
Facebook: dr.andrebmoreira
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