Panorama econômico mundial tem efeito negativo sobre a qualidade de vida das famílias. Fazer planejamento é fundamental em momentos de crise
A saúde mental da
população global piorou desde o início da pandemia. De acordo com o Relatório
Global sobre Saúde Mental divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS),
casos de depressão e ansiedade aumentaram 25% no primeiro ano após o surgimento
do novo coronavírus. No entanto, as questões de saúde não foram as únicas
responsáveis para esse panorama. A incerteza econômica ligada à pandemia também
contribuiu para o resultado da análise.
Perda de emprego, alta da
inflação, aumento do custo de vida, todos esses fatores têm tido um peso ainda
maior na saúde das pessoas desde a crise sanitária. Esse cenário é ainda mais
nítido entre as faixas da população mais vulneráveis economicamente. Mais de 66
milhões de pessoas estão com o nome negativado no Brasil e, muitas vezes, nem
conseguem colocar comida na mesa.
A fragilidade financeira
resulta em aumento dos níveis de stress diante dos problemas do cotidiano,
segundo Milene Rosenthal, psicóloga cofundadora da Telavita, clínica digital de
saúde mental, pioneira na área de psicoterapia online no Brasil. “A dificuldade
financeira costuma gerar um trauma em quem sofre com o problema e isso afeta a
capacidade de buscar soluções. Primeiramente, precisamos pensar que este é um
cenário passageiro. A economia é feita de ciclos e, mesmo que ela leve tempo
para ser retomada de forma positiva, cada indivíduo tende a se adaptar ao
panorama. Não podemos deixar que esse problema tome conta da nossa vida e da
nossa família”, salienta.
Milene frisa a importância
de buscar soluções, seja renda extra, mudança de direcionamento de carreira,
melhor organização do orçamento e até a busca de um crédito que solucione o
problema neste momento.
Cuidar da saúde financeira
é essencial, para que o resto flua bem, adotar uma rotina financeira, além
de ser um hábito saudável para o bolso, pode facilitar a administração do
próprio dinheiro. Ter consciência dos caminhos que ele percorre é fundamental
para um planejamento, qualidade de vida e segurança financeira, a fim de evitar
indesejados endividamentos ou até mesmo situações que possam deixar o nome
sujo.
“Planejamento financeiro é
importante para calcular o que se pode gastar, saber lidar com o dinheiro, seja
para gastar com inteligência ou programar despesas, é fundamental para evitar
dívidas”, explica Thaíne Clemente, Executiva de Estratégias e Operações da Simplic, fintech de crédito pessoal 100% online.
A executiva sugere três
atitudes que se pode adotar para facilitar a iniciação em uma rotina financeira
mais saudável.
1- Anote seus gastos “Anote as suas despesas,
desde as recorrentes como água e luz, até os pedidos esporádicos de delivery. A
ação de anotar, seja em uma planilha de gastos ou em um aplicativo de controle
financeiro, cria o hábito saudável do registro, essencial para ter o controle.
Assim é possível enxergar o tamanho real das despesas e ter mais clareza da
situação financeira atual, desta forma você consegue analisar onde e como o
dinheiro está sendo gasto, se existe desperdício de dinheiro e como contornar
isso”, comenta Thaíne Clemente.
2 - Avalie o uso do cartão
de crédito “Usar o cartão de crédito nos traz inúmeras vantagens, como a
possibilidade de parcelar as compras ou um maior prazo para pagar. Mas, quando
o cartão de crédito não é usado com consciência, ele pode se tornar um grande
problema no orçamento. Por isso, é importante que o uso dele seja inteligente e
que esteja planejado no orçamento pessoal. Ao usá-lo é necessário avaliar se vale
a pena fazer isso com frequência, parcelas podem se acumular com facilidade e
fugir do controle. Afinal, o cartão de crédito não é uma renda extra e, se não
usado com cautela, pode gerar dívidas indesejadas”, afirma a executiva.
3 - Estude sobre educação
financeira “Estamos em constante aprendizado e aprender algo que possa nos
proporcionar mais qualidade de vida e tranquilidade financeira é essencial.
Manter-se atualizado sobre quais as melhores práticas sobre organização
financeira, como poupar dinheiro, qual a melhor forma de utilizar o cartão de
crédito com consciência e até mesmo quando é o melhor momento para solicitar um
empréstimo ou fazer investimentos, essas são atitudes que fazem diferença ao
longo do tempo e assim se tornam hábitos saudáveis” sugere Thaíne Clemente.
Telavita
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