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domingo, 12 de junho de 2022

Cirurgia de calvície cresce 152% em década de resultados cada vez mais naturais

Modernas técnicas, avanços tecnológicos e muito estudo elevaram os resultados de implantes capilares e hoje em dia é imperceptível quando alguém passa pelo procedimento; entre os estudiosos que aprimoraram as técnicas, muitos são brasileiros.

 

Se antes o paciente precisaria de até 4 ou 5 cirurgias para obter o resultado ideal, a recuperação da cabeleira se dá em apenas um procedimento. Essa informação consta no Censo 2022 da Sociedade Internacional de Cirurgia de Restauração capilar (ISHRS), que também mostra um crescimento de 152% em implantes capilares em 10 anos. Uma década atrás, quem se submetia a algum tipo de cirurgia contra a calvície podia ter os cabelos assemelhados a peruca, milharal ou cabelos de boneca, hoje em dia é possível que ninguém perceba que alguém abandonou pecha de careca em poucas horas de cirurgia. As novas técnicas criadas por médicos estudiosos do mundo inteiro, elevaram os resultados a patamares melhores do que os naturais e o Brasil também exporta técnicas criadas por profissionais locais.

Apesar de uma redução de 4% em cirurgias nos últimos dois anos por causa da pandemia, a quantidade de pessoas que se submeteu a esse tipo de cirurgia pode ter crescido, já que 68% dos médicos relataram que em apenas uma cirurgia em 2021, os pacientes estavam com os cabelos e dia; em 2019 a média era de 3,4 procedimentos e em 2016 foram necessários até cinco cirurgias, por paciente, para alcançar o resultado desejado. De acordo com Nilofer Farjo, MBChB, FISHRS, presidente da ISHRS, nos últimos 30 anos, o campo da cirurgia de restauração capilar passou por uma transformação incrível, com melhores resultados a partir de menos procedimentos para quem busca uma solução per
manente para as áreas calvas.

O médico brasileiro, especialista em implante capilar e conselheiro da ISHRS, Mauro Speranzini, explica que a tecnologia e pesquisas avançadas elevaram os resultados de implante capilar no mundo inteiro. “No início dos anos 90, era comum os pacientes passarem por várias cirurgias com algumas centenas de enxertos, quase nunca dava para disfarçar que havia feito implante. Agora as técnicas são mais refinadas -- tanto retirada linear quanto colocação de unidade folicular -- e pacientes estão mais satisfeitos com resultados mais naturais”, explica.

O próprio Speranzini apresentou recentemente em um congresso internacional da ISHRS, na Itália, duas dessas técnicas, criadas por ele -- a técnica FUE Evolution, para retirada de unidades foliculares e a técnica DNI, para a colocação dos fios na área calva. As técnicas já foram descritas em artigos na Revista Fórum Internacional, da International Society of Hair Restoration Surgery, reconhecidas e utilizadas por cirurgiões do mundo inteiro. Entre os principais benefícios das técnicas estão, aumentar a taxa de sucesso na retirada e colocação dos fios em um processo cirúrgico preciso e perfeito que, consequentemente, resulta em maior aproveitamento de unidades foliculares, o que significa que mais cabelo saudável deve nascer e ainda sobrar para possíveis novos procedimentos, em caso de calvície progressiva.

Um desses pacientes que enfrentou a calvície foi o profissional de Marketing, Maurício Dias, que percebeu a progressão da calvície perto dos 40 anos de idade. Ele ainda esperou algum tempo para buscar pelo implante capilar, justamente pela fama da aparência com cabelos de boneca. “Eu sempre achava estranho os resultados que via, mas um dia um cliente me avisou que o procedimento havia sido modernizado, com resultados mais naturais, fiz a cirurgia e estou satisfeito com essa decisão; é meu cabelo de novo”, conta Dias, que já abandonou o uso do boné e não foge mais de fotos.


Técnica modernas responsáveis pelos resultados

Quem se submete a um implante capilar hoje em dia, pode optar por técnicas como a FUE (Follicular Unit Extraction), FUT (Follicular Unit Transplant), FUE aliada a DNI (Dull Needle Implanter), FUE Evolution e FUE Robotizada -- todas reconhecidas pelas principais entidades médicas que compõem o setor como, ABCRC (Associação Brasileira de Cirurgia de Restauração Capilar), ISHRS (International Society of Hair Restoration Surgery - Associação Internacional de Transplante Capilar) e SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica).

O transplante capilar é um procedimento cirúrgico, minimamente invasivo, onde é realizada uma redistribuição de fios de uma área doadora da cabeça do paciente para a área calva (sem fios). Além de fios da área doadora da cabeça, o médico ainda pode avaliar fios de outras regiões do corpo do paciente que possam ser usados no preenchimento da área calva. implante capilar Uma vez transplantados, os fios redistribuídos, voltam a crescer na área calva e não caem mais. A partir daí, a atenção deve ser concentrada numa eventual evolução natural da queda dos fios das outras áreas da cabeça, que pode provocar desequilíbrio no volume e no visual. Neste caso, tratamentos clínicos bem conduzidos são capazes de equalizar e controlar a situação.


Dr. Mauro Speranzini - Formado pela Faculdade de Medicina da USP em 1987, é membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Sua tese de mestrado foi defendida pelo Departamento de Cirurgia Plástica da Faculdade de Medicina da USP. Cirurgião especializado em otoplastia e implante capilar há 30 anos, é o responsável técnico do Grupo Speranzini - clínicas especializadas em implante capilar e otoplastia, formado pelas Clínicas Speranzini e Guardiões do Cabelo. Como cirurgião especializado em transplante capilar, Dr. Mauro Speranzini é membro do Board of Governors 2022/23, da International Society of Hair Restoration Surgery e vencedor do Prêmio Prêmio Dr. O’Tar T. Norwood da mesma entidade pelo melhor artigo científico de 2021.

 

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