Modernas técnicas, avanços tecnológicos e muito
estudo elevaram os resultados de implantes capilares e hoje em dia é
imperceptível quando alguém passa pelo procedimento; entre os estudiosos que
aprimoraram as técnicas, muitos são brasileiros.
Se antes o paciente precisaria de até 4 ou 5
cirurgias para obter o resultado ideal, a recuperação da cabeleira se dá em
apenas um procedimento. Essa informação consta no Censo 2022 da Sociedade
Internacional de Cirurgia de Restauração capilar (ISHRS), que também mostra um
crescimento de 152% em implantes capilares em 10 anos. Uma década atrás, quem
se submetia a algum tipo de cirurgia contra a calvície podia ter os cabelos
assemelhados a peruca, milharal ou cabelos de boneca, hoje em dia é possível
que ninguém perceba que alguém abandonou pecha de careca em poucas horas de
cirurgia. As novas técnicas criadas por médicos estudiosos do mundo inteiro,
elevaram os resultados a patamares melhores do que os naturais e o Brasil
também exporta técnicas criadas por profissionais locais.
Apesar de uma redução de 4% em cirurgias nos
últimos dois anos por causa da pandemia, a quantidade de pessoas que se
submeteu a esse tipo de cirurgia pode ter crescido, já que 68% dos médicos
relataram que em apenas uma cirurgia em 2021, os pacientes estavam com os
cabelos e dia; em 2019 a média era de 3,4 procedimentos e em 2016 foram
necessários até cinco cirurgias, por paciente, para alcançar o resultado
desejado. De acordo com Nilofer Farjo, MBChB, FISHRS, presidente da ISHRS, nos
últimos 30 anos, o campo da cirurgia de restauração capilar passou por uma
transformação incrível, com melhores resultados a partir de menos procedimentos
para quem busca uma solução per
manente para as áreas calvas.
O médico brasileiro, especialista em implante
capilar e conselheiro da ISHRS, Mauro Speranzini, explica que a tecnologia e
pesquisas avançadas elevaram os resultados de implante capilar no mundo
inteiro. “No início dos anos 90, era comum os pacientes passarem por várias
cirurgias com algumas centenas de enxertos, quase nunca dava para disfarçar que
havia feito implante. Agora as técnicas são mais refinadas -- tanto retirada
linear quanto colocação de unidade folicular -- e pacientes estão mais
satisfeitos com resultados mais naturais”, explica.
O próprio Speranzini apresentou recentemente em um
congresso internacional da ISHRS, na Itália, duas dessas técnicas, criadas por
ele -- a técnica FUE Evolution, para retirada de unidades foliculares e a
técnica DNI, para a colocação dos fios na área calva. As técnicas já foram
descritas em artigos na Revista Fórum Internacional, da International Society
of Hair Restoration Surgery, reconhecidas e utilizadas por cirurgiões do mundo
inteiro. Entre os principais benefícios das técnicas estão, aumentar a taxa de
sucesso na retirada e colocação dos fios em um processo cirúrgico preciso e perfeito
que, consequentemente, resulta em maior aproveitamento de unidades foliculares,
o que significa que mais cabelo saudável deve nascer e ainda sobrar para
possíveis novos procedimentos, em caso de calvície progressiva.
Um desses pacientes que enfrentou a calvície foi o
profissional de Marketing, Maurício Dias, que percebeu a progressão da calvície
perto dos 40 anos de idade. Ele ainda esperou algum tempo para buscar pelo
implante capilar, justamente pela fama da aparência com cabelos de boneca. “Eu
sempre achava estranho os resultados que via, mas um dia um cliente me avisou
que o procedimento havia sido modernizado, com resultados mais naturais, fiz a
cirurgia e estou satisfeito com essa decisão; é meu cabelo de novo”, conta
Dias, que já abandonou o uso do boné e não foge mais de fotos.
Técnica modernas responsáveis
pelos resultados
Quem se submete a um implante capilar hoje em dia,
pode optar por técnicas como a FUE (Follicular Unit Extraction), FUT
(Follicular Unit Transplant), FUE aliada a DNI (Dull Needle Implanter), FUE
Evolution e FUE Robotizada -- todas reconhecidas pelas principais entidades
médicas que compõem o setor como, ABCRC (Associação Brasileira de Cirurgia de
Restauração Capilar), ISHRS (International Society of Hair Restoration Surgery
- Associação Internacional de Transplante Capilar) e SBCP (Sociedade Brasileira
de Cirurgia Plástica).
O transplante capilar é um procedimento cirúrgico,
minimamente invasivo, onde é realizada uma redistribuição de fios de uma área
doadora da cabeça do paciente para a área calva (sem fios). Além de fios da
área doadora da cabeça, o médico ainda pode avaliar fios de outras regiões do
corpo do paciente que possam ser usados no preenchimento da área calva.
implante capilar Uma vez transplantados, os fios redistribuídos, voltam a
crescer na área calva e não caem mais. A partir daí, a atenção deve ser
concentrada numa eventual evolução natural da queda dos fios das outras áreas
da cabeça, que pode provocar desequilíbrio no volume e no visual. Neste caso,
tratamentos clínicos bem conduzidos são capazes de equalizar e controlar a
situação.
Dr. Mauro Speranzini - Formado pela Faculdade de Medicina da USP em 1987,
é membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Sua tese de
mestrado foi defendida pelo Departamento de Cirurgia Plástica da Faculdade de
Medicina da USP. Cirurgião especializado em otoplastia e implante capilar há 30
anos, é o responsável técnico do Grupo Speranzini - clínicas especializadas em
implante capilar e otoplastia, formado pelas Clínicas Speranzini e Guardiões do
Cabelo. Como cirurgião especializado em transplante
capilar, Dr. Mauro
Speranzini é membro do Board of Governors 2022/23, da International
Society of Hair Restoration Surgery e vencedor do Prêmio Prêmio Dr. O’Tar T.
Norwood da mesma entidade pelo melhor artigo científico de 2021.
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