O transtorno do espectro autista (TEA) se refere a
uma série de condições caracterizadas por algum grau de comprometimento no
comportamento social, na comunicação e na linguagem, e por uma gama estreita de
interesses e atividades únicas para o indivíduo realizados de forma repetitiva.
Ele pode ser definido por padrões restritos e recorrentes de comportamento,
interesses ou atividades que mostram uma série de manifestações conforme a
idade, capacidade e as intervenções de apoio disponíveis.
Estima-se que existam em torno de 70 milhões de
autistas no mundo (o equivalente a 1% da população mundial). Isso significa
que, na média, o Brasil tem cerca de 2 milhões de pessoas no espectro do
autismo.
Os números de casos registram aumento na medida que
em que cresce o conhecimento sobre o TEA em relação às últimas décadas. Assim,
temos um cenário em que muitas pessoas adultas nunca foram diagnosticadas e
que, portanto, não tiveram nenhum tipo de tratamento. Dessa forma, os
especialistas reforçam a importância de expandir o debate para além do
diagnóstico infantil.
“A conscientização do autismo é importante porque
traz mais informações às pessoas sobre o transtorno do espectro autista (TEA),
de forma que todos possam conviver com a diversidade de maneira respeitosa. A
inclusão das pessoas com autismo na educação promove inúmeros benefícios do
ponto de vista da convivência, visto que aprimora as interações, as trocas e as
experiências, além do desenvolvimento de habilidades e potencialidades e todos
superam dificuldades”, comenta Márcia Andelo, especialista em psicopedagogia e
coordenadora de cursos de Pós-Graduação na área da Educação da Unyleya.
A Educação Especial é tratada na Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional em um capítulo específico, que compreende os
artigos 58, 59 e 60, representando um marco que garante e incentiva a matrícula
de crianças e jovens com deficiências e transtornos globais do desenvolvimento;
fazendo com que os alunos autistas passassem a fazer parte deste grupo
atendido.
O aspecto menos discutido ainda continua sendo a
fase posterior à infância e adolescência do autista: a vida adulta. Parte dessa
invisibilidade pode ter a ver com os casos em que não contaram com diagnóstico
precoce. Mesmo com o acompanhamento profissional, a adaptação do portador do
transtorno na sociedade não é um processo simples.
“O maior desafio ainda é o preconceito e falta de
preparo. Para alcançar a educação inclusiva, é fundamental que toda a sociedade
tenha uma mudança de postura”, pontua Márcia. “Precisamos nos munir de
conhecimento, discutindo técnicas educacionais, propondo estratégias que possam
ser eficientes e, principalmente, acreditando que a inclusão favorece a
participação de forma ativa e consciente de todos os alunos no processo de
ensino e aprendizagem”.
Em paralelo, a tecnologia é uma grande aliada para
a inclusão de alunos autistas tanto na educação básica, como na superior. O
acesso à sala de aula também propicia motivação e o desenvolvimento
socioemocional e comportamental através de aulas em grupo, atividades, entre
outras estratégias pedagógicas.
“É importante também ressaltar que o aprendizado de
uma pessoa com TEA, no ambiente universitário EAD, acontece por meio de
técnicas e procedimentos de intermediação com o uso de recursos tecnológicos
que buscam melhorar a aprendizagem e interação dos alunos com TEA”, finaliza a
coordenadora.
Os profissionais de educação são figuras de extrema
relevância no processo pedagógico dessas pessoas. Esses profissionais são
decisivos para que o autista seja devidamente incluído no processo educacional,
aprendendo e participando da sociedade sem nenhum tipo de discriminação.
A Unyleya oferece o curso de Pós-Graduação a
distância em Autismo: Aspectos Pedagógicos - Abordagem Multidisciplinar, com
duração de dez meses. Indicado para educadores, pais, parentes e profissionais
de saúde que cuidam de alguém com TEA, o curso é oferecido na modalidade de
Educação a Distância (EAD), disponível para pessoas localizadas em qualquer
lugar do Brasil,
Para mais informações acesse: unyleya.edu.br/pos-graduacao-ead/tea
Márcia Andelo - Especialista em
Psicopedagogia, Educação Infantil e Séries Iniciais, Gestão e Orientação
Educacional. Graduada em Letras e Pedagogia. Atuou como docente em ensinos
fundamental e médio. Atualmente atua como tutora e coordenadora em cursos
diversos de Educação da Unyleya e é Orientadora Educacional da Secretaria de
Educação do DF.
Unyleya
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