O
termo criado pela Psicologia, mais especificamente Psicologia Jurídica é
definido como a área de trabalho da Psicologia que atua no ambiente da justiça
considerando a perspectiva psicológica dos fatos jurídicos. O Psicólogo
Jurídico colabora no planejamento e execução de políticas de cidadania,
Direitos Humanos, prevenção da violência e fornece subsídios ao
processo judicial. Além de também contribuir para a formulação, revisão e
interpretação das leis.
No
entanto, a palavra Jurídica de acordo com o Dicionário Português está
relacionada com o Direito, com as normas sociais que buscam expressar ou
alcançar um ideal justo, mantendo e regulando a vida em sociedade utilizando-se
de leis.
A
Constituição Federal Brasileira é composta por 245 artigos, 1,6 mil
dispositivos e 111 emendas, entretanto, nenhum artigo ou emenda relata algo
sobre a Psicologia Jurídica. Segundo o Conselho Federal de Psicologia (CFP) a
Psicologia estuda e analisa os processos intrapessoais e das relações
interpessoais, possibilitando a compreensão do comportamento humano individual
e de grupo, no âmbito das instituições de várias naturezas, onde quer que se
deem estas relações. Aplica conhecimento teórico e técnico da psicologia, com o
objetivo de identificar e intervir nos fatores determinantes das ações e dos
sujeitos, em sua história pessoal, familiar e social, vinculando-as também a
condições políticas, históricas e culturais.
Portanto,
a Psicologia não condena ou liberta o ser humano pelos seus atos, mantem-se
afastada dos fundamentos do Direito, sem questioná-la, não julga sem conhecer
os antecedentes que ocorreram naquela determinada situação e não soluciona
todos os problemas que envolvem às questões jurídicas, mas sim é uma ciência
que estuda o comportamento humano, busca o entendimento desses comportamentos
considerando os aspectos biológicos, emocionais e sociais enquanto o Direito
busca as regras para julgar esses mesmos comportamentos tendo como referência a
escrita, seja na área Civil, como por exemplo a Familiar, Trabalhista,
Comercial ou Penal. A Psicologia, analisa as emoções, as características de
personalidade, os fatores biopsicossociais, trabalha com os distúrbios
psíquicos, entre outros. O estudo psicológico
para o jurídico é realizado de uma forma muito mais complexa, podendo-se assim
entender o contexto do fato ou a atuação do psicólogo para possibilitar a
reinserção do indivíduo na sociedade.
A
psicologia para às questões do Direito considera o ser humano dentro do
contexto jurídico, auxilia, trabalha para a sua melhora e considera as leis e
os conflitos existentes no sistema jurídico. O termo Psicologia Jurídica não
tende a existir, mas sim, a Psicologia que trabalha e auxilia a justiça no
desenvolvimento do ser humano, as instituições jurídicas e a tomada de decisão
final para um resultado mais satisfatório e justo.
Dra. Luciana Meireles - especialista em Alta Performance,
formada em Psicologia e em Educação Física, Mestre em Psicologia pela
Universidade do Minho – Portugal. Trabalha como psicóloga clínica e esportiva
há mais de 23 anos, e nos últimos 10 anos na área de Psicologia Jurídica. Fundadora
da Empresa LM Alta Performance em Desenvolvimento Humano e de Negócios. Dra.
Luciana é palestrante, com atuação no exterior em diversos temas para empresas
de pequeno a grande portes e assessora em Psicologia na área Jurídica.
Contatos: Lbidutte@gmail.com
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