O comércio on-line deve
crescer 9% este ano, gerando um faturamento de R$ 174 bilhões, de acordo com
dados da NeotrustPixabay
Este deve ser mais um ano
difícil para a economia do país. A inflação e os juros elevados, a falta de
insumos, estiagem no Sul e, agora, o início de um conflito militar entre Rússia
e Ucrânia colocam vários pontos de interrogação nas projeções para 2022. A
maioria dos setores econômicos trabalha com estimativas conservadoras, menos o
e-commerce.
Impulsionado pela mudança de
comportamento do consumidor, que precisou se adaptar à realidade do isolamento
imposta pelo coronavírus, o comércio on-line cresceu exponencialmente nos
últimos anos. No Brasil, no ano passado, as vendas pela internet
avançaram 27% sobre 2020 segundo o relatório Neotrust, gerando um faturamento
de R$ 160 bilhões.
Para este ano, mesmo com essa
base inflada, o relatório projeta alta de 9%, o que resultaria em faturamento
de R$ 174 bilhões.
O número de pedidos deve
crescer 8%, o que totalizaria 380 milhões de compras ao longo de 2022. Isso
significa mais de 1 milhão de pedidos por dia pelo e-commerce.
Para o ticket médio, a
previsão é que ele se mantenha estável em relação ao ano passado, em R$ 460 por
compra. Se concretizado, esse valor resultaria em R$ 476 milhões ao dia de
faturamento para o setor. “Esse foi praticamente todo o faturamento do e-commerce brasileiro
em 2001”, disse Pedro Guasti, fundador
da consultoria Ebit, durante reunião de avaliação da conjuntura da Associação
Comercial de São Paulo (ACSP), que aconteceu na última quinta-feira (24).
Segundo ele, entre as
categorias do e-commerce, as que mais devem ter crescimento em número de
pedidos este ano são eletrônicos (21%), eletroportáteis (19%) e alimentos e
bebidas (18%).
O crescimento das vendas pela
internet deve ser estimulado pela entrada de novos consumidores. A Associação
Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm) prevê o aumento de 3 milhões de
consumidores ao final deste ano, totalizando 83 milhões de consumidores
virtuais no país.
GOLPES
Mas há alguns pontos de
preocupação nesse segmento. O ano começou com ataques de hackers que
paralisaram por quase quatro dias as operações da Americanas e Submarino, ambas
marcas da B2W. O prejuízo diário estimado é de R$ 65 milhões.
Golpes frequentes aos
consumidores também trazem problemas, principalmente por desestimularem as
compras pelo canal digital. E em geral, são fáceis de se combater: dependem
basicamente da educação digital do consumidor.
“O consumidor não pode
acreditar em todas as ofertas que encontra. Bens de consumo com 50%, 60% de
desconto, provavelmente envolvem golpe”, disse Guasti.
Ele também sugeriu que o
consumidor dê preferência às compras no cartão de crédito, “porque é possível
cancelar o cartão se tiver problema com a loja.”
Outras dicas do especialista
é manter sempre o antivírus atualizado e buscar referências sobre a loja
virtual em sites de reclamação – como o Reclame Aqui -, antes de efetuar a compra.
Da equipe de jornalistas do
Diário do Comércio
https://dcomercio.com.br/categoria/negocios/e-commerce-vai-bem-mas-golpes-e-ataques-hackers-preocupam
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