Compreender a legislação vigente não é complicado, mas tarefa essencial para conhecer as vantagens dessa modalidade de contratação
Embora a Lei de Estágios
já esteja prestes a completar 14 anos, ainda existem algumas dúvidas
relacionadas às suas determinações. Afinal, por que o estagiário não tem a
carteira assinada? Quais são seus direitos e deveres? Para que serve esse tipo
de oportunidade na carreira? Todos esses questionamentos são esclarecidos na
própria legislação.
Conhecendo a lei
O dispositivo em questão é
a Lei 11.788/2008. Ela é a responsável por estabelecer as normas necessárias
para validar essa admissão em todo o território nacional. O primeiro ponto a se
destacar é o fato da atuação ser exclusiva para quem está na escola ou
faculdade.
Ou seja, só pode estagiar
quem está no ensino médio, técnico, superior ou nos dois anos finais do nível
fundamental pela Educação de Jovens e Adultos - EJA. Isso porque o formato é
definido como um “ato educativo”, por isso, não pode ser considerado um
“trabalho”.
A grande intenção por trás
disso é garantir não apenas a possibilidade dos jovens brasileiros
ingressarem no mercado, mas sim evitar a evasão escolar e fortalecer a
capacitação dessa população. Une-se, então, os dois propósitos em um só: dar um
start na
trajetória e promover o desenvolvimento acadêmico.
Justamente por ter essa
proposta diferenciada e, como uma forma de incentivar a abertura de vagas do
tipo nas empresas, a atividade não gera vínculo empregatício. Assim, a
contratante fica isenta de pagar os encargos como o FGTS, INSS, 13º salário, ⅓ sobre férias e verbas
rescisórias.
Benefícios mútuos
Além disso, o estudante
recebe uma bolsa-auxílio, auxílio transporte, seguro contra acidentes pessoais
e recesso remunerado. Inclusive, a carga é limitada a seis horas diárias e 30h
semanais, uma maneira de garantir ao indivíduo a chance de administrar a rotina
corporativa com a escolar sem muitas dificuldades.
Os ganhos desse tipo de
vivência são gigantescos para ambas as partes. De um lado, o colaborador
consegue aplicar, na prática, o conteúdo dado em sala de aula e dar seus
primeiros passos rumo à independência financeira. Do outro, os empreendimentos
ganham um talento em potencial, sem vícios de outras experiências, para ser
treinado e orientado à grandeza.
É uma maneira de renovar
os times e trazer membros com energia, disposição e conhecimentos atualizados.
Essas são as grandes chaves para lidar com qualquer crise como a atual. Estamos
nos recuperando com muita rapidez e a melhor forma de garantir um cenário
sólido para o futuro é apostar em quem pode, de fato, contribuir: a juventude
brasileira.
Acreditar na força dos
estagiários não é apenas uma atitude benéfica para a composição dos times. O
país inteiro agradece, afinal, dar poder de compra para as novas gerações é
essencial para manter a economia rodando. Outro excelente ponto é ter uma nação
mais capacitada e instruída, característica indispensável para nosso
crescimento.
Podemos ter um amanhã mais
positivo e essa nova realidade se configura de muitas formas. Uma das
principais é investindo no estágio. Os resultados são surpreendentes!
Carlos
Henrique Mencaci - presidente da Abres - Associação Brasileira de Estágios.
Nenhum comentário:
Postar um comentário