Desde o início da pandemia da Covid-19
em março de 2020, o IPM-H subiu 18,84%
Os preços dos medicamentos vendidos aos
hospitais no Brasil registraram alta de 5,96% no consolidado de 2021, segundo o
Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H), indicador criado pela
Fipe em parceria com a Bionexo -- healthtech líder em soluções digitais para
gestão em saúde. O resultado ficou abaixo da inflação acumulada no período pelo
IPCA/IBGE (+10,06%), do IGP-M/FGV (+17,78%) e da taxa média de câmbio (+9,83%).
O índice registrou oscilações ao longo
do ano passado, demonstrando um crescimento no primeiro semestre, e uma
sequência de seis quedas consecutivas entre junho e novembro, antes de voltar a
crescer ligeiramente em dezembro, quando teve uma alta de +0,19%.
"A sequência de seis quedas mensais seguidas em 2021 coincidiu com os avanços na imunização dos brasileiros e o maior da pandemia no país, o que reforça a relação entre o controle da pandemia e o comportamento dos preços dos medicamentos", avalia Rafael Barbosa, CEO da Bionexo. "Nesse sentido, o avanço nos preços do ano passado pode ser atribuído em partes aos aumentos registrados entre março e maio, período que combinou o agravamento do quadro da pandemia e os reajustes nos preços (CMED, em abril)", conclui.
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Considerando um horizonte mais amplo, o
resultado do consolidado do IPM-H em 2021 foi menor do que o crescimento
registrado no ano anterior (2020), de +14,36%. Nos anos anteriores, as altas
foram de +3,97% (2019), +4,97% (2018), +3,94% (2017), +4,97% (2016) e +4,74%
(2015).
Contribuíram para o resultado positivo
do índice no ano passado os aumentos observados na maior parte dos grupos de
medicamentos na cesta do índice: preparados hormonais (+27,54%), sangue e
órgãos hematopoiéticos (+17,28%), imunoterápicos, vacinas e antialérgicos
(+14,69%), órgãos sensitivos (+10,05%), aparelho respiratório (+6,62%), agentes
antineoplásicos (+5,06%), aparelho digestivo e metabolismo (+4,27%), aparelho
geniturinário (+3,53%) e sistema nervoso (+1,96%). Em contrapartida, apenas
três dos grupos de medicamentos monitorados apresentaram queda nos preços aos
hospitais em 2021: aparelho cardiovascular (-10,69%), anti-infecciosos (-2,85%)
e sistema musculoesquelético (-1,21%).
Desde o início da pandemia da Covid-19,
em março de 2020, por sua vez, o IPM-H apresenta uma alta acumulada de 18,84%,
impulsionada pelas variações positivas registradas nos preços de quase todos os
grupos, sendo mais expressivas em: aparelho digestivo e metabolismo (+56,02%%),
sistema nervoso (+48,99%), preparados hormonais (+16,65%), aparelho
cardiovascular (+37,20%), sangue e órgãos hematopoiéticos (+30,77%),
imunoterápicos, vacinas e antialérgicos (+21,62%), sistema musculoesquelético
(+19,90%), entre outros.
Sobre o IPM-H
O Índice de Preços de Medicamentos para
Hospitais (IPM-H) é uma parceria entre a Fipe e a Bionexo, com o objetivo de
disponibilizar informações inéditas e de interesse público relacionadas à área
de saúde, com foco no comportamento de preços de medicamentos transacionados
entre fornecedores e hospitais no mercado brasileiro. O IPM-H é elaborado com
base nos dados de transações realizadas desde janeiro de 2015 através da
plataforma healthtech, por onde são transacionados mais de R$
12 bilhões de negócios por ano no mercado da saúde, o que representa cerca de
20% do que é transacionado no mercado privado nacional.
A empresa conecta mais de duas mil
instituições de saúde a mais de 20 mil fornecedores de medicamentos e
suprimentos hospitalares. A cada mês e para cada grupo de medicamentos, a FIPE
calcula o índice de variação do seu preço em relação ao mês de referência,
levando em consideração algumas variáveis que podem ser relevantes para
determinar o preço das negociações, incluindo: (i) quantidade de produtos
transacionada; (ii) distância geográfica entre hospitais e fornecedores.
Os medicamentos são agrupados em 13
grupos terapêuticos (classificação da ATC*) e ponderados de acordo com uma
cesta de valor total transacionado na plataforma Bionexo no ano anterior. O
IPM-H consolida o comportamento dos índices dos preços de cada grupo
terapêutico, também ponderados pelo valor transacionado do grupo na plataforma.
Embora possam estar correlacionados, o
comportamento do IPM-H não mensura o comportamento dos preços de medicamentos
em farmácias, isto é, nos preços ao consumidor final (segmento varejo). Além
disso, o IPM-H não é uma medida de variação dos custos dos hospitais e/ou
planos de saúde, que envolvem também gastos com equipamentos, procedimentos,
materiais recursos humanos, protocolos de tratamento/atendimento e segundo
frequência de uso.
Bionexo - Líder em soluções digitais para gestão
em saúde.
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