Em um estudo publicado
no Journal of the American Geriatrics Society, idosos dos Estados Unidos que
vivenciaram o isolamento social tinham níveis mais elevados de interleucina-6 e
proteína C reativa no sangue, dois marcadores de inflamação que podem ter
consequências negativas de longo prazo para a saúde de indivíduos à medida que
envelhecem.
O estudo incluiu uma
amostra nacionalmente representativa de 4.648 beneficiários do Medicare com 65
anos ou mais.
Os autores observaram
que as intervenções clínicas e sociais que abordam o isolamento social entre
idosos podem influenciar processos biológicos como a inflamação, bem como seus
efeitos potencialmente negativos.
"Nossas
descobertas demonstram uma importante associação entre isolamento social e
processos biológicos. Este trabalho é um passo na jornada para desvendar os
mecanismos pelos quais o isolamento social leva a níveis mais altos de
morbidade e mortalidade", disse o autor principal Thomas K.M. Cudjoe, MD,
MPH, da Johns Hopkins School of Medicine. "Minha esperança é que os
investigadores incorporem medidas objetivas de isolamento social e marcadores
biológicos em estudos longitudinais futuros, para que possamos continuar a
avançar em nossa compreensão dessas complexas interações
biopsicossociais".
Rubens de Fraga
Júnior - professor titular da
disciplina de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná. Médico
especialista em geriatria e gerontologia pela SBGG.
Fonte: Thomas K. M. Cudjoe et al, Getting under the skin: Social
isolation and biological markers in the National Health and Aging Trends Study,
Journal of the American Geriatrics Society (2021). DOI: 10.1111/jgs.17518
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