Democratização do implante dentário é necessária
para melhorar a qualidade de vida dessas pessoas, já que muitas não podem pagar
o procedimento
A perda de dentes é uma realidade para muitos
brasileiros. Para 34 milhões mais precisamente. É o que aponta a Pesquisa
Nacional de Saúde feita pelo IBGE, divulgada em 2020. Mais dramático ainda foi
quando os mesmos pesquisadores constataram que 14 milhões de brasileiros
perderam todos os dentes.
Mesmo já sendo alarmantes, as estatísticas
pioraram em virtude da pandemia do novo coronavírus, a ponto de a Federação
Dentária Internacional (FDI) classificar o momento como um “desastre
odontológico”.
Entre os fatores responsáveis pela deterioração da
saúde bucal do brasileiro durante a pandemia, estão a má alimentação, a
negligência com a escovação dos dentes e o estresse.
“O estresse pode causar, por exemplo, o bruxismo,
uma condição que estamos vendo aumentar bastante em crianças, adolescentes e
adultos. O bruxismo – que é o ranger ou bater de dentes – pode levar ao
desgaste e até mesmo à perda de dentes”, ressalta a odontopediatra e gerente de
Credenciamento da MaisDental.com, Danuza Heluy, que complementa: “Também
observamos que, durante a pandemia, muitos pacientes têm receio de ir ao
consultório do dentista por medo de contrair a Covid-19, um fato grave quando
sabemos que a ida regular ao dentista previne doenças bucais e possibilita a
reabilitação oral, além de representar risco quase nulo de transmissão, já que
os odontologistas utilizam equipamentos de biossegurança e tomam medidas que
impossibilitam a transmissão do vírus.”.
Democratização do implante dentário é necessária
A perda de dentes tem se configurado como uma
questão importante de saúde. “Vemos cada vez mais pacientes perdendo um ou mais
dentes. Em quase 40 anos de carreira como dentista, nunca vi um volume tão alto
de pessoas que necessitassem repor os dentes. Isso é grave, porque vai além da
saúde bucal. Esses pacientes perdem a autoestima, a capacidade de mastigar, de
sorrir, têm receio de conviver socialmente”, relata o presidente da Academia
Brasileira de Odontologia (AcBO), membro da Academia Americana de
Implantodontia e um dos precursores da implantologia no Brasil, Mario Groisman.
Embora a prótese removível seja a mais comum para
a reposição de dentes – por ser mais acessível financeiramente –, não é a mais
indicada. “A dentadura não dá estabilidade, não dá retenção, não permite
mordida mastigatória e ainda colabora com a perda da estrutura óssea do
paciente”, frisa Groisman.
Diferente disso, o implante dentário traz inúmeras
vantagens, como uma excelente fixação, preservação do osso e dos dentes
vizinhos e melhor estética (a coroa dentária é uma cópia fiel do dente
original). “Por várias razões, o implante permite uma melhora de qualidade de
vida. Por exemplo, preserva os tecidos. Imagine que, se o paciente perde um
dente da frente, a única alternativa que ele tem para colocar um dente suspenso
é desgastando os outros dois dentes laterais ao que foi perdido. Com o
implante, você preserva a estrutura do esmalte dos dentes vizinhos”, explica o
implantodontista.
No entanto, o implante ainda não é uma opção para
muitos brasileiros por causa do preço. Segundo a Associação Brasileira da
Indústria Médica, Odontológica e Hospitalar (Abimo), cerca de 800
mil implantes são colocados anualmente no Brasil, um número baixo se
pensarmos no universo de 14 milhões de brasileiros que perderam todos os
dentes.
Para mudar essa realidade, a empresa carioca MaisDental.com
procurou quem é referência em implantologia no Brasil, Mario Groisman, para
elaborar um plano odontológico que permitisse o acesso de mais pessoas ao
implante. O plano teria de incluir os procedimentos prévios necessários ao
procedimento (como tomografia e enxerto ósseo), o implante em si e todos os
serviços necessários para manter a saúde bucal do paciente. Tudo isso a um
valor mensal que fosse acessível para boa parte da população.
“Acho que essa iniciativa é um marco, traz uma
mudança tremenda de paradigma, que permite que a gente possa oferecer esse
produto, que era altamente custoso, para um paciente que, no futuro, poderá
evitar a necessidade de outros implantes”, comemora Mario.
Com a disponibilidade do plano, a empresa carioca
se soma ao esforço de democratização do acesso ao implante dentário, iniciativa
imprescindível para melhorar a qualidade de vida de pessoas que perderam um ou
mais dentes.
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