Curvatura anormal da coluna acomete crianças e adolescentes
Levantamento da Organização Mundial da Saúde
(OMS) aponta que a escoliose acomete entre 2% a 4% da população mundial, o que
representa mais de 6 milhões de brasileiros. O problema pode estar presente em
todas as idades, mas acomete preferencialmente o sexo feminino no período da
puberdade e adolescência.
“A Escoliose Idiopática Adolescente (EIA) é uma
curvatura anormal da coluna para um dos lados do tronco, trata-se de um desvio
de coluna progressivo que pode ou não ser acompanhado de rotação das vértebras.
Em 80% dos casos, as causas são desconhecidas e, por isso, ela é descrita como
escoliose idiopática”, alerta Dr. Álynson Larocca Kulcheski, médico ortopedista
do Hospital VITA, especialista em coluna.
Segundo
o ortopedista, é a deformidade mais frequente da coluna. A coluna adquire um
desvio das curvas naturais, que pode desencadear um desequilíbrio funcional. O
desvio mais frequentemente observado é no plano frontal (visto de frente ou de
costas) e nota-se uma inclinação da coluna para um dos lados.
A
escoliose não é uma doença, mas uma afecção do crescimento, uma deformidade
estática que acontece na coluna vertebral e que afeta grande número de pessoas
e pode trazer consequências negativas à saúde se não for tratada em tempo e
adequadamente. “Os tipos de tratamento variam de acordo com a gravidade do
problema e vão desde o acompanhamento médico periódico, até cirurgias. Os
objetivos do tratamento da escoliose são impedir o agravamento da doença,
reduzir a deformidade e restabelecer o alinhamento da coluna”, ressalta o
especialista.
Dentre
os sintomas mais frequentes da escoliose estão dor de cabeça, dor na região
lombar, cansaço, fadiga por tensão postural e, em casos mais graves, problemas
respiratórios. Além disso, ombros caídos ou desiguais, leve inclinação geral
para um lado, omoplata bem visível, cintura irregular, uma perna mais longa que
a outra e quadril mais alto que o outro também são alguns sinais de escoliose.
Como identificar a escoliose
-
Desvio da coluna para um dos lados, aparecendo como um “andar torto”, ou “andar
inclinado para o lado”, ou mesmo “coluna em S, ou em C”;
-
Diferença da altura dos ombros, com um ombro mais elevado que o outro;
-
Aumento das costelas, chamado “giba”, com abaulamento local;
-
Afastamento de um dos braços em relação ao corpo, ficando um “espaço” entre o
braço e o tronco;
- Dor: essa
dor geralmente é difusa e associada a esforços. Pode ser ocasionada por
desequilíbrio muscular. Na maioria das vezes a dor surge na fase tardia, quando
as musculaturas já apresentam alterações, não sendo o principal sintoma
observado.
Hospital VITA

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