Impacto
estimado dos acessos ilegais à TV por assinatura é de R$ 15,5 bilhões por ano,
dos quais R$ 2 bilhões somente em impostos que deixam de ser arrecadadosCampanha antipirataria da ABTA (Divulgação)
A Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA)
lançou neste domingo (23) uma nova campanha publicitária de conscientização
contra a pirataria de TV paga. Oito filmes, de 30 segundos cada, serão exibidos
nos próximos meses em intervalos da programação de canais abertos e fechados. A
temática da campanha é a incoerência das pessoas que ensinam atitudes corretas
aos seus filhos, mas dão um mau exemplo ao acessar conteúdos pagos de forma
ilegal.
Os filmes mostram crianças contando as lições que recebem dos
adultos, como não roubar, no entanto, veem esses mesmos responsáveis praticando
pirataria, deixando seus filhos confusos sobre o que é certo ou errado.
A campanha foi criada pela Globo, aprovada pelo Conselho Diretor
da ABTA e produzida pela Mixer. A ABTA representa as principais operadoras e
programadoras de TV por Assinatura no Brasil.
“Viver em sociedade é respeitar o direito do outro. É saber que
o que você faz não pode ferir o direito de outro. Ensinamos isso aos nossos
filhos, mas infelizmente nem todos praticam o que dizem, o que gera dúvidas nas
novas gerações acerca dos nossos valores”, afirma Oscar Simões, presidente da
ABTA.
“Nossa campanha traz um alerta das crianças para esta falta de
integridade, entre discurso e prática de muitos adultos. As crianças entendem
que um desenho animado, um filme ou um jogo é resultado do trabalho de muitas
pessoas e que isso precisa ser respeitado. Entendem também que mesmo um
conteúdo disponível na internet não deve ser acessado se for ilegal. Elas sabem
que isso é crime, assim como nós também sabemos”, completa Simões, lembrando a
frase que encerra os filmes da campanha: “Elas sabem, você sabe: pirataria de
TV também não é legal”.
Impactos da pirataria de TV
A estimativa atual da ABTA, com base em dados da Anatel e do
IBGE, é de que o impacto financeiro da pirataria de TV por assinatura é de R$
15,5 bilhões por ano, dos quais R$ 2 bilhões em impostos que os governos deixam
de arrecadar.
Uma outra pesquisa recente encomendada pela ABTA apontou que 33
milhões de brasileiros, ou 27,2% dos internautas com mais de 16 anos, consomem
conteúdo de TV por assinatura por um ou mais meios piratas. O levantamento foi
feito pela Mobile Time/Opinion Box, em março deste ano.
Operações antipirataria
A campanha de conscientização contra a pirataria se soma a ações
de combate ao acesso ilegal à TV por assinatura. No ano passado, as operações
de autoridades públicas se intensificaram, com a participação de diversos
órgãos: Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), Ancine (Agência Nacional
do Cinema), Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ministério Público,
Polícia Civil, Polícia Federal e Receita Federal.
Somente nos portos do Rio de Janeiro foram apreendidas, desde
2020, cerca de 1 milhão de TV Box piratas – decodificadores que desbloqueiam
ilegalmente o acesso a canais pagos. Segundo a polícia, essas apreensões
geraram um prejuízo de mais de R$ 470 milhões ao crime organizado.
Os responsáveis pelas cargas ilegais podem responder por
violações de direitos autorais (art. 184, §3º do Código Penal) e contrabando
(art. 334-A do Código Penal).
Pirataria digital
Também em 2020, a Secretaria de Operações Integradas (SEOPI), do
Ministério da Justiça e Segurança Pública, coordenou a segunda fase da Operação
404, com ações da Polícia Civil em 10 estados. Foi a maior ação de combate à
pirataria de conteúdo audiovisual já realizada na América Latina.
Foram cumpridos 25 mandados judiciais de busca e apreensão e
bloqueados ou suspensos 252 sites e 65 aplicativos de streaming ilegal. A
estimativa é que mais de 26 milhões de usuários tenham sido impactados.
A ABTA contribui com as autoridades públicas, monitorando e
denunciando atividades de pirataria audiovisual. As operações também contam com
apoio de outras entidades da indústria audiovisual, como Alianza contra la
Piratería de Televisión Paga e Motion Picture Association (MPA).
“O combate à pirataria se dá pela soma de esforços entre as
operações contra crime e as campanhas de conscientização do público. Por um
lado, o poder público, com apoio da indústria, enfrenta o crime organizado, que
ameaça milhares de empregos, de artistas, jornalistas, produtores e técnicos do
setor audiovisual. Por outro, os cidadãos conscientes ajudam a mudar os hábitos
de quem pratica a pirataria. A nova campanha da ABTA vem para somar forças na
defesa dos direitos de todos os que trabalham na indústria da TV por assinatura
e que levam cultura, informação e entretenimento a milhões de pessoas”, frisa
Oscar Simões.
Assista ao 1º filme da Campanha Antipirataria da ABTA:
https://www.youtube.com/watch?v=fI2Si6mdd6I
FICHA TÉCNICA:
Diretor de Comunicação Globo: Manuel Falcão
Direção de Criação: Ricardo Moyano, Mariana Sá e
Leandro Castilho
Head of Art: Christiano Calvet
Criação: Carlo Iulio, Renato Tagliari e
Alexandre Tommasi
Direção de Marketing e Operações: Mariana Novaes
Gerente de marketing: Simone Szwarcwald
Atendimento: Tatiana Fassina
Gerente de Produção: Ricardo Léo
Produção RTV: Francili Costa
Produtora: Mixer Films
Diretor: Ricardo Gordo Carvalho
Dir. Fotografia: Felipe Hermini
Produção Executiva: Sergio Tikhomiroff
Head Producer: Breno Castro
Coordenador de Produção: Marcelo Rodrigues
Assist. de Coordenação: Erica Luna
Coordenação de Pós-Produção: Daniel Reis, Adriano
Carneiro
Finalizador: Bruno Reis
Montador: Ricardo Gordo Carvalho
Pós-produção: Mixer Films
Gestora de Projetos: Silvia “Tuta” Calza, Anna
Paulino
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