O domínio da língua inglesa é requisito eliminatório no mercado de trabalho brasileiro, onde, paradoxalmente, mais de 95% da população não têm a menor intimidade com o idioma e, dos 5% restantes, nem 2% são fluentes.
O Brasil sempre investiu
pouco em educação pública, todos sabem. Mas menos ainda na boa formação em
relação a línguas estrangeiras. Prova disso é a última pesquisa EF English
Proficiency Index, organização internacional da área.
Realizado em 2020, o estudo
aponta o país em 53º lugar em proficiência no idioma inglês, em um ranking de
100 nações. A vizinha Argentina está em 25º. Nos Países Baixos, primeiro lugar
nesse pódio, mais de 90% da população conhecem bem o idioma, aprendido desde a
mais tenra infância, a fase ideal para se conectar com outras línguas.
Olhando no espelho
Quantas vezes você já ficou
entusiasmado com o anúncio de uma vaga de emprego que requeria todas as suas
habilidades, mas a última linha da descrição da vaga exigia ‘fluência em
inglês’? Único requisito que você não tem, e que faz com que projetos de
carreira, neste momento, desabem como castelos de areia.
Do outro lado, nos
departamentos de recursos humanos, saiba que a angústia dos recrutadores não é
menor. Horas dedicadas a formar a descrição de vaga, e depois sobre análises de
centenas de excelentes currículos para as mais variadas funções, descartadas
simplesmente porque os candidatos não dominam a língua-chave para os negócios e
as relações empresariais.
“Gap”
Essa falha histórica na
educação dos brasileiros dificulta o aprendizado mais tarde, quando já são
jovens ou adultos formados e precisam encarar um curso de línguas para ter um
upgrade na profissão ou na formação acadêmica.
Muitos, inclusive, desistem
de voar mais alto profissionalmente ou de fazer um curso no exterior porque
consideram que jamais vão conseguir vencer essa falha.
Dominar outra língua pode
parecer difícil, mas está longe de ser o “bicho de sete cabeças”. Lembre-se de
que você passou por cada etapa escolar e estudou para ter as habilidades que a
sua profissão requer. Aprender inglês é mais um desafio de aprendizado, mas a
via você já conhece. Dedique seu tempo a isso. Aprendemos a ser
engenheiros, publicitários, médicos, por exemplo. Por que não aprenderíamos um
novo idioma?
Autoconhecimento ?
As resistências no
aprendizado têm raízes na sua alma, na forma como você encara a si mesmo.
Aprender inglês vai exigir um esforço e disciplina, mas creia que o
autoconhecimento, que é um lado da personalidade que está em constante
transformação, pode jogar a favor ou contra você. É preciso derrubar bloqueios
de comportamento, como timidez, medo de errar ao escrever ou falar em público,
e mania de perfeição, que são travas recorrentes aos alunos em fase adulta.
Um ‘saco’ com um monte de
desculpas, como “falta de tempo”, “não gosto de inglês”, “não tenho como
investir”, entre outras velhas conhecidas, vai ser usado pelo seu ‘adversário’,
nesse jogo. Quem quer, aprende e vence!
Errar faz parte do aprendizado
e, quando se tem objetivos definidos, encara-se os desafios. Coloque o
aprendizado no seu orçamento, na sua agenda, dentro do seu tempo, de maneira
confortável.
Busque uma escola e
professores com os quais de identifique e se sinta acolhido, e amplie também a
sua vida pessoal, pois o domínio da língua inglesa abre possibilidades
infinitas, já que o mundo gira em torno desse idioma.
Prof. Bob Maia - professor de inglês, pós-graduado em Comércio Exterior (FACESP) e fundador da escola de inglês Keep Calm and Learn Good English.
Amei seu comentário....
ResponderExcluirLuzia.
ResponderExcluir