Médica
orienta pais e cuidadores sobre o que fazer se a criança não encosta o
calcanhar no chão ao caminhar
Uma das principais
ansiedades de pais e mães, em especial os de primeira viagem, é ver a criança
dar os primeiros passos. Durante o desenvolvimento da marcha, é possível que a
criança caminhe sem encostar o calcanhar no chão. No entanto, isso tende a se
normalizar entre os dois e três anos e, quando não acontece a correção, é
necessária a avaliação do médico ortopedista.
São muitos os motivos
que podem fazer com que a criança caminhe na ponta dos pés e, segundo a Dra.
Natasha Vogel, ortopedista pediátrica do HSPM-SP, o mais comum é a marcha em
equino idiopática, ou seja, sem que haja um motivo determinado e o diagnóstico
é por exclusão.
"Devemos
descartar outras causas do caminhar na ponta dos pés, como paralisia cerebral,
autismo, distrofias musculares, deformidades congênitas, alterações na coluna,
hiperatividade e síndromes genéticas", diz a médica.
O médico vai avaliar
desde antecedentes gestacionais até antecedentes familiares para tentar
descobrir o que causa a pisada na ponta dos pés. Os papais e mamães ajudam
muito quando se lembram de informações importantes como: a idade que a criança
começou a sentar, engatinhar ou andar; se percebem que andam na pontas dos pés
com os dois pés ou um só, enquanto elas andam se chegam a encostar o calcanhar
no chão e por quanto tempo conseguem andar dessa forma; se tem dor no pé ou
perna, entre outras", enumera Dra. Natasha.
O exame físico
ortopédico também vai avaliar a presença de calos ou deformidades, comprimento
das pernas, amplitude de movimento, avaliar os membros inferiores e coluna,
além de exame físico neurológico.
O tratamento depende
do diagnóstico. Nos casos idiopáticos, Dra. Natasha conta que são indicados
acompanhamento ortopédico, fisioterapia, uso de órteses, gesso e até toxina
botulínica.
"Quando a criança
anda na pontas dos pés após os 5 anos de idade, é comum que eles tenham
dificuldade de encostar o calcanhar no chão passivamente, além de queixas para
usar calçados, praticar esportes e atividades recreativas. Nesse caso, eles
podem ser elegíveis para tratamento cirúrgico e são vários os procedimentos que
podem ser feitos para alongar o tendão calcâneo", finaliza a médica,
demonstrando o quanto o diagnóstico precoce é importante para o bem-estar
infantil.
Dra. Natasha Vogel -
• Médica Assistente em Ortopedia e Traumatologia
do HSPM-SP São Paulo, Brasil • Mestrado em Ciências do Sistema Muscoesquelético.
Universidade de São Paulo, USP São Paulo, Brasil •
Especialização - Residência Médica Universidade
de São Paulo, USP São Paulo, Brasil
Título: Ortopedia Pediátrica • Especialização - Residência Médica Hospital do Servidor Público Municipal, HSPM/SP
São Paulo, Brasil Título: Ortopedia e Traumatologia •
Graduação em Medicina Faculdade de
Medicina de Jundiaí, FMJ Jundiai/SP,
Brasil.
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