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quarta-feira, 7 de abril de 2021

Abril Marrom: ZEISS alerta sobre saúde dos olhos e prevenção da cegueir

A cegueira evitável pode ser o estágio final de doenças silenciosas. Elas podem ser tratadas quando diagnosticadas precocemente. Os cuidados com a saúde ocular e o acompanhamento junto ao oftalmologista devem ser periódicos, inclusive durante a pandemia

 

A visão tem papel fundamental na qualidade de vida das pessoas. Apesar disso, em função da pandemia, muitas pessoas, por medo, deixaram de fazer o acompanhamento periódico junto ao oftalmologista e até mesmo interromperam tratamentos para doenças oculares, colocando em risco sua capacidade de enxergar. Segundo projeção da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que existam 76 milhões de pessoas cegas no mundo, e mais de 246 milhões de pessoas podem sofrer de perda moderada ou severa da visão.

Criada para alertar a população sobre doenças oculares que podem levar à cegueira, a campanha Abril Marrom, discute a importância do diagnóstico precoce, tratamento e reabilitação das doenças que afetam a visão. Referência mundial em soluções para a saúde ocular, a ZEISS reforça a campanha e faz alerta para a importância dos cuidados adequados com a visão, principalmente em tempos de pandemia.

"Temos os cuidados com a visão em nosso DNA e a conscientização da população sobre a importância de cuidar da saúde ocular faz parte da nossa missão. Nosso trabalho vai além de desenvolver os melhores equipamentos para diagnóstico e tratamento e as lentes mais saudáveis do mundo. Desenvolvemos uma série de protocolos, compartilhados com oftalmologistas parceiros, para ajudar nas medidas de desinfecção e higiene nos consultórios e equipamentos, além de práticas de distanciamento social durante a consulta. Queremos ainda ajudar as pessoas a compreender que é possível, e necessário, cuidar da saúde dos olhos de forma segura durante a pandemia", ressalta Guilherme Haddad, diretor da divisão médica da ZEISS.

Estudo "O coronavírus e o impacto no Brasil", realizado em julho de 2020 pela ‘Demanda Pesquisa e Desenvolvimento de Marketing’, diz que 4 a cada 10 pessoas deixaram de ir ao médico em casos de não urgência por medo de serem contaminadas pelo Coronavírus. Consequentemente, algumas doenças silenciosas podem ter começado a agir nesse momento ou, dependendo do caso, progredir.

Segundo Dr. Cristiano Caixeta Umbelino, vice-presidente do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), professor e chefe do Setor de Glaucoma da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, doenças causadoras da cegueira costumam ser silenciosas e o diagnóstico precoce é fundamental. "Estima-se que 75% de toda a cegueira no mundo poderia ter sido evitada ou até mesmo curada, se sua causa original fosse diagnosticada e tratada precocemente, por isso, é essencial consultar um oftalmologista periodicamente, sobretudo durante a pandemia, quando muitas doenças são deixadas de lado por medo de contaminação pela Covid-19", explica Caixeta.


Doenças que podem levar à cegueira

Catarata, retinopatia diabética, glaucoma e degeneração macular relacionada à idade são algumas das doenças que mais levam à cegueira.


Glaucoma

É uma doença ocular causada principalmente pela elevação da pressão intraocular, que provoca lesões no nervo ótico e, como consequência, comprometimento da visão. Na maioria dos casos, o paciente não percebe nenhuma mudança na visão na fase inicial da doença. Isso porque a perda gradual começa a partir da visão periférica, e só nas fases avançada comprometerá a visão central. "O modo como o glaucoma se desenvolve, de forma lenta e progressiva, é o grande vilão para o seu diagnóstico e tratamento", comenta Dr. Caixeta".

Segundo projeções da Agência Internacional de Prevenção à Cegueira (IAPB), existe, aproximadamente, 80 milhões de pessoas com glaucoma em todo o mundo. O tipo de glaucoma vai determinar o tratamento a ser adotado. Colírios indicados pelos oftalmologistas ajudam a reduzir a pressão intraocular, por exemplo. Tratamentos a laser ou cirúrgicos também podem ser considerados pelo oftalmologista.

"Estima-se que a doença esteja presente entre 2% e 3% da população brasileira acima dos 40 anos, equivalente a 1.5 milhão de pessoas", aponta Dr. Caixeta. "É importante que todos se conscientizem sobre a necessidade do diagnóstico precoce e do correto acompanhamento do glaucoma, para que o número de pessoas que evoluem para a perda da visão diminua", esclarece.

Em 1º de abril de 2021, um reforço no diagnóstico passou a ser acessível a uma camada maior da população. A ANS incluiu a Tomografia de Coerência Óptica (OCT) entre os itens cobertos pelos planos de saúde, ampliando a cobertura para pacientes com glaucoma. É um exame não-invasivo que captura imagens do fundo de olho que ajudam a identificar doenças causadoras da cegueira evitável, como glaucoma e retinopatia diabética, por exemplo. Para contribuir com uma melhor resolução para os exames de OCT, a ZEISS desenvolveu o CIRRUS 6000®, equipamento de última geração que captura imagem em alta velocidade com detalhes em HD, permitindo uma análise precisa, processamento mais rápido e tomada de decisão baseada em uma variedade de condições clínicas e tipos de pacientes. Para os portadores de glaucoma, por exemplo, é possível fazer uma análise de progressão guiada para controle da doença.


Catarata

Ocorre devido ao envelhecimento do cristalino, uma lente natural do olho, que costuma opacificar gradativamente a partir dos 40 anos de idade. A manifestação dos sintomas da doença pode variar conforme seu estágio. Os mais frequentes são a redução da percepção de cores e contrastes, dificuldade de enxergar ao cair da noite ou em ambientes pouco iluminados, maior sensação de ofuscamento e redução da capacidade de adaptação à luz e à escuridão. Pessoas com catarata apresentam sérias restrições da visão, especialmente, de perto (ao ler, por exemplo) e de longe (ao ver TV). Tanto a catarata quanto os erros de refração não corrigidos são as principais causas de deficiência visual reversível. Elas representam 75% de toda deficiência visual e são mais frequentes entre os mais velhos, segundo a Agência Internacional para Prevenção à Cegueira.

Dr. Cristiano Caixeta lembra que fatores externos também contribuem para o desenvolvimento da doença. "A exposição excessiva aos raios solares pode atuar favorecendo o desenvolvimento da catarata. O uso de óculos de sol com proteção UVA e UVB, ao se expor ao sol, ajuda na proteção do dano causado pelos raios ultravioletas. Portadores de diabetes, principalmente os que não conseguem manter o nível de glicemia controlado, possuem um maior risco de desenvolver a catarata. Existem estudos que mostram que uma dieta equilibrada, rica em nutrientes e vitaminas, favorece a redução no risco de desenvolver a doença", complementa.

O tratamento é exclusivamente cirúrgico, no qual é feita a remoção da catarata, seguida pelo implante de lentes intraoculares (LIOs), que não só possibilitam ao paciente voltar a enxergar, como ainda melhoram a visão e aumentam a segurança na locomoção.


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