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quarta-feira, 3 de março de 2021

Médico da Vitallis alerta sobre cuidados para prevenir o câncer colorretal

Março Azul-Marinho chama atenção para doença que atinge 40 mil brasileiros por ano

Pixabay

Fãs de cinema e filmes de super-heróis foram surpreendidos, no ano passado, com o anúncio da morte do ator Chadwick Boseman, protagonista de Pantera Negra. O artista foi diagnosticado com câncer colorretal, segundo tipo de tumor mais comum entre os brasileiros e que, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), só em 2021, deve atingir 41 mil novos casos diagnosticados no país. Assim como ocorre em outros meses ao longo do ano, a campanha “Março Azul-Marinho” faz um alerta à população sobre a importância do diagnóstico precoce da doença.

O câncer colorretal é considerado uma doença silenciosa já que, na maioria dos casos, não apresenta sintomas em seu estágio inicial. Se detectado precocemente, antes que a doença se espalhe para outras regiões do corpo, o paciente tem grandes chances de cura. “É importante ter acompanhamento contínuo e global da saúde de um médico de sua confiança. A prevenção ainda é a melhor forma de tratar”, orienta Alexandre de Figueiredo Maciel, oncologista da Vitallis, operadora de saúde pertencente ao grupo internacional Keralty. Ele explica que a doença atinge o intestino grosso, podendo se manifestar na região conhecida como cólon ou no reto.

Entre os principais fatores de risco que podem contribuir para o aparecimento da doença está a má alimentação. “Esse tipo de câncer está ligado, principalmente, a uma dieta pobre em fibras e com muita carne vermelha e processada, como salsichas, salame, presunto e defumados, além do excesso de peso e sedentarismo”, explica Maciel. O histórico familiar também é um fator de risco para o câncer colorretal, assim como doenças inflamatórias do intestino e doenças hereditárias, como a síndrome de Lynch. O tratamento desse câncer envolve várias modalidades como a cirurgia, a radioterapia, a quimioterapia e a imunoterapia. “A escolha do tipo de tratamento é individualizada e depende de vários fatores”, explica o médico.

Os principais sintomas, à medida que a doença progride, são sangramento nas fezes, alteração do ritmo intestinal, como diarréia ou intestino preso, perda de peso, além de dor ou desconforto no abdômen. Foi exatamente o que fez com que a dona de casa Maria Lúcia Pires Silva, de 63 anos, percebesse que havia algo de errado. Ela relata que começou sentindo fortes cólicas e decidiu procurar um médico. “Descobri o câncer em 2013, justamente porque esse desconforto estava ficando cada vez mais frequente. Fiz um exame de sangue e depois o médico indicou que eu fizesse a colonoscopia”, relata. Desde maio, a paciente é atendida no espaço de oncologia da Vitallis, localizado na unidade Barro Preto. “Foi durante a pandemia que conheci o trabalho da operadora de saúde”, conta.

Ela, infelizmente, descobriu a doença já em estágio avançado e hoje segue em tratamento para conter a metástase, quando o tumor se espalha para outras partes do corpo. Porém, apesar do susto e longo tempo de tratamento, Maria Lúcia segue otimista e deixa uma mensagem de esperança para quem também está passando pela mesma situação. “O principal é não deixar a ‘peteca cair’. Confiar em Deus e seguir com o tratamento, porque a equipe médica sabe o que faz”, avalia. Ao longo do tratamento, Maria já passou por cirurgias e quimioterapia e, para ela, o apoio da família foi fundamental para que fosse, aos poucos, vencendo essa batalha contra o câncer. “Foi um grande susto no início, mas o apoio da minha família foi essencial. Para mim, não existia alternativa que não fosse enfrentar a doença de cabeça erguida”, declara.

O especialista Alexandre de Figueiredo Maciel ressalta a importância do acompanhamento médico. “As pessoas não devem fazer exames sem indicação médica. É importante ficar atento a qualquer anormalidade e consultar sempre um profissional qualificado”, afirma. Principalmente depois dos 50 anos, é indicado a realização de exames de rotina, também conhecidos como check up, conforme indicação do profissional de saúde. Além desse rastreamento, a prevenção inclui medidas para diminuir o risco de desenvolver a doença, como manter uma dieta rica em fibras, com frutas, verduras e legumes, e praticar exercícios físicos.


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