2020 foi um ano desafiador, pra dizer o mínimo. É inegável o impacto que a pandemia ocasionada pelo novo coronavírus provocou e ainda irá provocar em todos os setores sociais no mundo inteiro. Economicamente falando, mudanças estratosféricas aconteceram, desde o incentivo a comprar dos pequenos negócios a alterações legislativas com o fim de manter o emprego e a renda dos brasileiros.
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE) estimou, em setembro, uma queda de 4,5% da economia mundial
nesse ano, sendo que no Brasil o percentual chega a 6,5%. Para 2021, enxerga-se
um cenário mais positivo no país, com alta de 3,6% causada, principalmente,
pela chegada da vacina.
No entanto, esse otimismo já é observado por um
setor que sofreu, sim, com a pandemia, mas que provou ser um porto
financeiramente seguro: estamos falando do mercado imobiliário. Um dos motivos
principais é, sem dúvida, a histórica baixa da taxa Selic, que segue em 2%.
Ora, se a maioria das pessoas não compra um imóvel à vista e precisa de linhas
de crédito para investir em moradia, uma taxa de juros menor favorece muito o
mercado.
Segundo dados do Banco Central (BC) divulgados em
novembro, o saldo dos financiamentos imobiliários atingiu o recorde de quase
R$700 bilhões em outubro de 2020. Outro recorde alcançado no mesmo mês, dessa
vez denotado pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e
Poupança (Abecip), foi o financiamento de 45,5 mil imóveis por meio do Sistema
Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). Isso equivale a R$13,86 bilhões.
A Associação Brasileira de Incorporadoras
Imobiliárias (Abrainc) revelou em dezembro que a quantidade de vendas no
terceiro trimestre de 2020 foi melhor que comparado ao mesmo período de 2019,
obtendo uma alta de 39,7%. Só em setembro desse ano, cerca de 13.500 unidades
foram vendidas, e esta foi a maior comercialização desde maio de 2014.
Engana-se quem pensa que esse contexto beneficia
apenas os altos escalões envolvidos no meio imobiliário. De acordo com a
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgada
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em novembro, foram
5,722 milhões de pessoas ocupadas na Construção Civil no terceiro trimestre,
cerca de 400 mil a mais que no trimestre anterior. Dessa forma, o setor ocupa o
resultado mais positivo no mercado de trabalho no período em questão.
Ainda segundo o IBGE, mas em outra pesquisa
relacionada ao Produto Interno Bruto (PIB) do 3º trimestre de 2020, o PIB da construção
civil cresceu 5,6% no terceiro trimestre de 2020 em comparação com o segundo.
Com tudo isso elucidado, é preciso destacar a força
do mercado imobiliário e o porquê do otimismo para 2021? Se sim, vamos lá.
Sobrevivemos. Em um cenário completamente caótico e insalubre, o setor não só
saiu quase ileso, como também teve altas inesperadas. Nem o mais deslumbrado
profissional da área acreditava que, no fim, o resultado seria tão
surpreendente.
E foi. Cabe ressaltar aqui que, apesar do favorecimento
generalizado, cada empresa se destaca com aquilo que tem de melhor a apresentar
e que melhor sabe fazer. São propostas, produtos, opções e benefícios que
cativam o cliente e singularizam o imóvel. Isso, na verdade, não está
diretamente ligado a qualquer ano, mas está no cerne da motivação de cada
empresa. Por fim, torcemos, é claro, para que 2021 seja inspirador e traga a
evolução contínua para que tenhamos muito mais a conquistar e entregar a partir
daquilo que o mercado demanda. A confiança segue firme e forte.
Bruno Pardo - gerente comercial da GT Building –
incorporadora que teve Valor Geral de Vendas de R$200 milhões em 2020.
GT Building

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