Veja os
equívocos que os médicos mais ouvem nos consultórios – e porque todo mundo
poderia ajudar a combatê-los.
Nos
últimos anos, muito se falou sobre o transtorno. O problema é que informações
incorretas acabaram ganhando popularidade. Conheça a seguir os principais mitos
relacionados ao TDAH elencados pelo Dr. Daniel Segenreich, médico e doutor pelo
Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do RJ e vice-presidente da
Associação Brasileira do Déficit de Atenção.
1.
O TDAH não existe, é uma doença
inventada
De
acordo com o especialista, por incrível que pareça essa é uma afirmação muito
comum. Muitas pessoas acham que o TDAH é frescura, preguiça, timidez. “Assim
como outros transtornos, há muito preconceito relacionado à doença e ao
paciente, que acaba se sentindo intimidado a falar sobre o problema por
vergonha ou medo de rejeição por parte de outras pessoas”, explica o Dr.
Segenreich.
Fato
é que o Transtorno do Déficit de Atenção é reconhecimento pela Organização
Mundial da Saúde (OMS) como uma doença que precisa de tratamento para promoção
de qualidade de vida ao paciente, possibilitando desempenhar normalmente suas
funções de rotina.
2.
O TDAH é um transtorno exclusivo da
infância
Segundo
o Ministério da Saúde, o Transtorno do Déficit de Atenção é um problema que
pode acometer tanto crianças quanto adultos. Em muitos casos, se inicia na
primeira infância e acompanha o indivíduo ao longo de toda a vida.
3.
O TDAH é um transtorno pouco
comprometedor, um problema leve
“Se
não tratado, o Déficit de Atenção pode não só comprometer a rotina de uma
pessoa, como também ser fator de risco para o desenvolvimento de outros
problemas, como crises de ansiedade, dependência química e demais transtornos
neurológicos.”, alerta o psiquiatra.
Além disso, o Dr. Segenreich explica que o
indivíduo com TDAH pode enfrentar diversas dificuldades com atividades simples
da rotina de qualquer pessoa, como encarar uma longa fila ou apresentar até uma
inquietude física que o impeça de se manter em sua estação de trabalho durante
o período de expediente.
4. A
utilização excessiva de dispositivos eletrônicos e mídias digitais provoca TDAH
“Esse
é um mito que tem se tornado cada vez mais comum. De fato, há sim um aumento
nos casos de comportamento de desatenção decorrentes da utilização dos
smartphones e redes sociais. Porém, é equivocado dizer que esse comportamento é
similar ao TDAH ou classificá-lo como Transtorno. É muito importante e
necessário fazer essa separação”, diz o especialista.
O
profissional ressalta ainda que para diagnosticar o TDAH, é necessária uma
investigação e acompanhamento de um médico especialista nesse Transtorno.
“Alguns dos principais sintomas incluem dificuldade de sustentar atenção e
foco, limitação para executar diferentes atividades ao mesmo tempo ou fixar-se
em alguma atividade específica para finalizá-la com excelência, prejuízo de
desempenho em atividades mais longas, além de inquietude física e mental ou
agitação não relacionadas à ansiedade e impulsividade ou descontrole das
próprias ações.”, completa o médico.
Takeda Pharmaceutical Company Limited
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