Instituto
do Casal afirma que sexo ainda é um dos assuntos mais discutidos em terapia de
casal, mas que hábitos podem ser adotados para sair da rotina
O que acontece quando o desejo
sexual diminui? Em relacionamentos muito longos é natural que a rotina e a
falta de inovação no relacionamento faça com que a vida sexual do casal fique
menos frequente e dê uma esfriada.
Esse assunto vai sempre estar
em pauta, visto que uma pesquisa do Instituto do Casal, organização que se dedica a pesquisas e educação em
relacionamentos e sexualidade humana, afirmou que
55,9% dos casais consideram a vida sexual ruim ou regular e 72,9% dos casais
relataram mudanças expressivas na relação sexual depois do casamento. A
pesquisa foi feita em 2016, mas Marina Simas, psicóloga e sócia-diretora do
Instituto do Casal afirma que este assunto ainda é um dos mais falados nas terapias
de casal. “Sempre brinco que desde que o mundo é mundo e, as pessoas existem, o
sexo está ali. Todo mundo faz, só que algumas pessoas com menos e outras com
mais frequência. É impressionante como ainda existe um tabu sobre um tema
natural e o quanto a vida sexual influencia uma relação”, enfatiza Marina.
Pensando nisso, o Instituto do
Casal selecionou algumas dicas para que a vida sexual não sofra com a rotina.
Confira os hábitos que podem esquentar a relação:
Conheça seu corpo e estimule outros prazeres
Você sabia que não é só a área
genital que dá prazer? É preciso conhecer o corpo e as áreas que possam
proporcionar prazer e assim garantir uma fuga da rotina para o casal.
Para isso o parceiro ou parceira
também deve conhecer o outro e estimular áreas que possam ser diferentes. “Tem
muitas mulheres e homens que não sabem onde fica o clitóris e o ponto G e não
conhecem o próprio corpo ou o corpo do parceiro. Se são assim com a área
genital que é básica, imagina com as outras partes do corpo se forem consentidas
por ambos”, comenta Denise Figueiredo, psicóloga e sócia-diretora do Instituto
do Casal.
Segundo Denise, nesse caso
vale apostar em brincadeiras com outras partes do corpo e sempre inovar para
que o sexo não pareça sempre igual. “O céu é o limite e para estimular o prazer
vale todo tipo de investida que possa explorar outras partes do corpo”,
explica.
Agende o sexo
Pode parecer estranho, mas
você já pensou em ter um dia e horário para praticar sexo no relacionamento? É
uma forma de conseguir espaço e momentos juntos para viverem a intimidade.
“Muitas pessoas acham que o sexo tem que ser de forma natural, mas é
extremamente interessante também poder agendar o momento. Até por que quando
você tem um encontro e espera pelo sábado a noite pra isso, você também acaba
se programando para o momento. Isso também é válido no relacionamento”, comenta
Marina.
Explore outros locais
É totalmente possível variar o
local que faz sexo dentro de casa, seja no chuveiro, na sala ou até na cozinha.
Mas, por que não tentar também fora de casa? Não precisa ser necessariamente em
uma viagem distante. “Se não tem tempo de viajar, já pensou em passar um
final de semana em um hotel na própria cidade? O casal pode explorar um
ambiente diferente e sair da rotina”, explica Denise.
Deixe o celular de lado
Uma pesquisa realizada pelo
Instituto do Casal ano passado diz que 47% dos casais brigam por causa do uso
excessivo de celular pelo parceiro ou parceira. É inevitável o quanto as
pessoas estão consumindo as redes sociais e mídia, mas isso pode atrapalhar o
relacionamento. “É muito comum o casal deixar de fazer sexo por causa do uso do
celular. O mundo está tão conectado que nem o momento a dois é preservado como
deveria”, lamenta Marina.
Busque ajuda profissional
Terapia de casal é uma prática
que pode ajudar a estimular o diálogo e dar alternativas para uma vida sexual
que o casal acha que está fadada a monotonia. Uma terapia pode ajudar nos
desenvolvimentos comportamentais e emocionais do casal e agregar a relação. “O
que percebemos é que muitos casais só procuram terapia quando a relação já está
para terminar e isso pode ser ruim. É muito importante já ter o hábito de
buscar uma ajuda desde o início”, finaliza Denise.
Instituto do Casal
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