Em tempos de dengue, zika vírus e chikungunya, temos uma nova
doença transmitida pela picada de insetos para nos preocupar: a Leishmaniose.
De difícil cura, ela chega à grande São Paulo e à capital paulista e requer
atenção não apenas com os humanos, mas também a nossos cães, que servem de
reservatório natural do parasita Leishmania. A
busca por um veterinário especialista e um diagnóstico precoce podem significar
vidas salvas.
A Leishmaniose é causada pelo protozoário chamado Leishmania. O
mais comum no Brasil é a Leishmania
braziliensis, que causa a Leishmaniose tegumentar. Ou seja,
que acomete a pele. Também temos a Leishmania infantum,
que causa a Leishmaniose visceral, responsável por comprometer os órgãos
(fígado, rim, baço e medula óssea). Trata-se de uma zoonose de evolução
crônica, com acometimento sistêmico e, se não tratada, pode levar a óbito em
até 90% dos casos.
O mosquito palha, ou tatuquira, asa dura, asa branca, cangalhinha,
birigui, entre outros a depender de sua ocorrência geográfica, é
um minúsculo inseto de cor amarelada que se mantém com as asas
levantadas durante o pouso. Esse flebótomo desenvolve-se em locais úmidos,
sombreados e ricos em matéria orgânica (folhas, frutos, fezes de animais e
outros entulhos que favoreçam a umidade do solo). Como a fêmea precisa de
sangue para sobreviver, ela é quem faz a transmissão da doença através da
picada.
Os principais sinais e sintomas de um animal infectado
são: caquexia, crostas pelo corpo (principalmente em região de face),
lesões ulceradas, crescimento e deformação das unhas, aumento de gânglios (linfonodos).
"Se o mosquito pica o cão infectado com esses
protozoários e picar o homem, pode transmiti-lo a doença. Assim como pode
transmitir também para outros cães e outros animais", explica Eloísa
Carvalho, dermatologista do Hospital Veterinário Santa Inês. "É uma doença
de difícil cura, porém com controle se houver um diagnóstico precoce. E o que
nós mais queremos nesse momento, sabendo que ela está chegando em São Paulo, é
fazer a prevenção correta nesses pacientes para eles não adquirirem a doença. E
assim também estaremos nos protegendo, pensando em uma forma de saúde
pública," explica a veterinária.
Antes restrita às áreas de mata e mais úmidas do país, a
Leishmaniose se alastra às grandes capitais por causa das mudanças no meio
ambiente. E sugerem avaliações veterinárias em todos os cães. Sobretudo os que
viajaram com seus tutores para áreas endêmicas: Minas Gerais, Araçatuba, Bauru,
Tocantins, Rio Grande do Norte entre outras, e no litoral, como o Guarujá.
"O médico veterinário indicará a melhor forma de prevenção para cada
paciente, de qualquer maneira esses pacientes devem utilizar coleiras ou
pipetas repelentes associadas ao inseticida ambiental. Se o seu pet frequentou
alguma região endêmica, você deve ficar atento a algumas alterações desde pele,
que podem ser de descamações e crostas em região de ponta de orelha, ao redor
dos olhos, focinhos..."
Porém, qualquer lesão com nódulo, ou uma alteração no quadro
sistêmico, já sugerem a procura de um veterinário. "Vômito, diarreia,
inapetência, perda de peso progressivo, são sinais e sintomas inespecíficos,
mas que podemos confundir com qualquer outra doença", alerta a
dermatologista. "Com simples alteração, já busque um médico
veterinário para investigar."
Dados do Ministério da
Saúde de
2017 registraram 4.103 casos da doença no país. Na época, o Nordeste era a
região mais afetada, com 44,5% dos casos. Estados como Amazonas, Acre,
Pará, Mato Grosso e Bahia eram os mais afetados. Hoje a epidemia se alastrou e
afeta, em sua maioria, os homens: 64,8% dos afetados, sendo 40,9% de
registros em crianças até nove anos. Os profissionais do Hospital Santa
Inês receberam palestra da doutora Eloísa Carvalho para ficarem atentos e
prontos para diagnosticarem casos de Leishmaniose. E estão preparados para
esclarecer todas as dúvidas dos tutores.
HOSPITAL VETERINÁRIO
SANTA INÊS
Avenida Santa Inês, 1357
Fones: (11) 2265-6911 | (11) 94507-3240 | (11) 94507-2974
Avenida Leôncio de Magalhães, 745, Jd. São Paulo
Fone: (11) 2985-8606
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