Além
de prejudiciais aos pets, os parasitas externos podem trazer danos a quem
convive com o bichinho de estimação
Se você tem pet em casa, com
certeza já deve ter se preocupado com a infestação de pulgas e carrapatos.
Embora muita gente acredite que esses parasitas não são comuns na cidade, não é
raro encontrar pets que vivem em ambientes urbanos com alergias ou outros
problemas de saúde relacionados a eles. O problema pode, inclusive, afetar
aqueles que dividem a casa com os animais.
Segundo Marcio Barboza,
gerente técnico Pet MSD Saúde Animal, cães têm mais chance de serem afetados
por parasitas externos por passarem mais tempo fora de casa, em espaços públicos
e interagindo com outros animais. Entretanto os gatos também podem sofrer com o
problema, mesmo aqueles que não são criados livremente. Isso porque,
principalmente as pulgas, podem entrar na casa pela roupa do tutor, enquanto os
carrapatos podem escalar as paredes do imóvel, infestando o ambiente.
O ciclo de vida dos
parasitas acaba dificultando o controle das infestações. A pulga, por exemplo,
tem quatro estágios de desenvolvimento – ovo, larva, pupa e adulta –, sendo que
apenas o último deles infesta o animal, o que costuma representar 5% dos
parasitas se considerarmos o que está presente no animal e no ambiente. Nos
outros estágios, as pulgas permanecem em locais ao redor do pet, como casinha,
tapetes e móveis da casa, tornando muitas vezes ineficazes tratamentos de curta
duração.
Por isso, tratamentos de
longa duração são mais eficazes na proteção do seu pet. Só para se ter uma
ideia, o ciclo de vida das pulgas pode durar até 90 dias, portanto qualquer
brecha na proteção durante esse tempo pode deixar os animais expostos à
reinfestação.
A prevenção de parasitas
externos nos pets também reflete em proteção da família. A pulga, por exemplo,
pode fazer com que o gato seja portador de uma bactéria que transmite a “doença
da arranhadura do gato”, explica Marcio, que ressalta: “Prefira aqueles
produtos que protegem continuamente, evitando assim novas proliferações no
ambiente”.
Além dos problemas visíveis,
como a dermatite alérgica (que causa coceiras e machucados na pele dos
animais), os parasitas podem transmitir algumas doenças, com consequências mais
graves. Conheça a seguir algumas delas:
·
Babesiose:
conhecida popularmente como doença do carrapato, é transmitida pelo carrapato
marrom ao entrar em contato com o sangue do cachorro. Quando contaminado, o animal
tem os glóbulos vermelhos destruídos. Fragilizado, o animal fica suscetível a
outras doenças e até corre risco de morte.
·
Erliquiose: a
doença, causada pela bactéria Ehrlichia, é transmitida pelo carrapato
marrom, que se contamina ao picar um animal infectado e, ao picar outro, sadio,
transmite a doença. A bactéria cai na corrente sanguínea e replica-se nos
glóbulos brancos, causando a destruição dessas células e, consequente,
supressão do sistema imunológico, levando muitas vezes o animal à morte.
·
Febre maculosa:
transmitida para o cachorro e também para o humano pelo carrapato-estrela, a
doença tem gravidade variável. Entre os sintomas mais comuns, estão febre alta,
dificuldade de respirar e vômito. Em alguns casos, pode ser fatal.
·
Doença de Lyme:
essa infecção também pode ser transmitida a pets e humanos por meio de
carrapatos. Atinge pele, sistema nervoso, coração e articulações, e pode ser
fatal, se não tratada a tempo.
MSD Saúde Animal
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