De
acordo com pesquisa realizada pela Fundação Oswaldo
Cruz, mais de 3,5 milhões de brasileiros consumiram algum tipo de droga
ilícita recentemente. Dados como esse são preocupantes, visto que o uso
dessas substâncias traz inúmeras consequências graves à saúde, e revelam
a necessidade de ajuda para que essas pessoas possam ser inseridas
socialmente e sigam uma vida normal. Mas será que a dependência química tem
cura?
O problema abrange uma discussão ampla e complexa, requer uma completa transformação no cotidiano do usuário e, principalmente, que ele acredite na possibilidade de livrar-se desse mal. Por esse motivo, neste post vamos esclarecer em detalhes essa questão, além de abordar outros pontos importantes sobre o tema. Então, se você quer saber se é possível deixar definitivamente de ser um dependente químico, continue a leitura do conteúdo e entenda!
Dependência química tem cura?
A psiquiatra Suele Serra explica que a dependência química é considerada uma doença crônica, progressiva, sem cura, porém, tratável. Apesar da possibilidade de tratamento, a recaída durante o período de recuperação atinge de 40 a 60% dos pacientes, o que se equipara às recidivas da diabetes e hipertensão arterial sistêmica, que ocorre em 50 a 60% dos pacientes.
Desse modo, o dependente químico precisa de uma fase terapêutica contínua, a qual proporcionará resultados a longo prazo. Quanto antes medidas forem tomadas para reverter o quadro, melhor, pois o vício tende a tornar-se irreversível com o passar do tempo.
O vício em drogas provoca alterações comportamentais, cognitivas, afetivas e sociais. Por isso, durante o tratamento, todas essas esferas são trabalhadas, para que o indivíduo possa se recuperar integralmente. Inicialmente é realizada uma entrevista motivacional, com o intuito de fazer ações coercitivas, que ajudarão na adesão ao processo de reabilitação, a partir de estímulos internos e externos do próprio paciente.
Essa etapa envolve algumas fases referentes à decisão de mudar o hábito de usar substâncias químicas. Saiba quais são elas!
O problema abrange uma discussão ampla e complexa, requer uma completa transformação no cotidiano do usuário e, principalmente, que ele acredite na possibilidade de livrar-se desse mal. Por esse motivo, neste post vamos esclarecer em detalhes essa questão, além de abordar outros pontos importantes sobre o tema. Então, se você quer saber se é possível deixar definitivamente de ser um dependente químico, continue a leitura do conteúdo e entenda!
Dependência química tem cura?
A psiquiatra Suele Serra explica que a dependência química é considerada uma doença crônica, progressiva, sem cura, porém, tratável. Apesar da possibilidade de tratamento, a recaída durante o período de recuperação atinge de 40 a 60% dos pacientes, o que se equipara às recidivas da diabetes e hipertensão arterial sistêmica, que ocorre em 50 a 60% dos pacientes.
Desse modo, o dependente químico precisa de uma fase terapêutica contínua, a qual proporcionará resultados a longo prazo. Quanto antes medidas forem tomadas para reverter o quadro, melhor, pois o vício tende a tornar-se irreversível com o passar do tempo.
Como é o tratamento para cura da dependência química?
O vício em drogas provoca alterações comportamentais, cognitivas, afetivas e sociais. Por isso, durante o tratamento, todas essas esferas são trabalhadas, para que o indivíduo possa se recuperar integralmente. Inicialmente é realizada uma entrevista motivacional, com o intuito de fazer ações coercitivas, que ajudarão na adesão ao processo de reabilitação, a partir de estímulos internos e externos do próprio paciente.
Essa etapa envolve algumas fases referentes à decisão de mudar o hábito de usar substâncias químicas. Saiba quais são elas!
Pré-contemplação
Nesse momento, o paciente nega que tem um problema, desconhece a necessidade de mudança e acredita que não precisa de um tratamento. Assim, resiste a qualquer tipo de ajuda e também não cogita a adoção de medidas que o levariam a deixar de ser um dependente químico — procurar um profissional especializado, por exemplo.
Contemplação
Aqui, o paciente já começa a aceitar o seu problema, porém, ainda tem dúvidas se de fato a dependência existe e acredita que terá capacidade para superá-la sozinho. Além disso, tenta encontrar razões que justifiquem o contexto em que se encontra inserido.
Preparação
Nesse estágio o paciente assume que realmente sofre com a dependência química, começa a planejar e pensar nas possibilidades de lidar com a doença e viver melhor.
Ação
Dura de 3 a 6 meses e compreende o período em que o dependente químico inicia um plano de ação voltado ao tratamento, com o intuito de evitar recaídas, mudar seu ambiente social e afastar-se de pessoas que também usam drogas e podem contribuir para que ele volte ao vício.
Manutenção
A fase de manutenção começa após o indivíduo alcançar o seu objetivo de estar longe das drogas. No entanto, ele não está livre de enfrentar recaídas, mas entende isso e sabe que deve se manter firme e continuar o seu tratamento.
"É
necessário que o paciente saia de um ciclo vicioso e de sentimentos que
cria e fantasia em relação a ele mesmo. Muitas vezes, tem-se um
sentimento de onipotência, autossuficiência", aponta a especialista.
Adotar uma postura negativa, no sentido de não respeitar os profissionais
que estão à disposição para ajudá-lo e querer que tudo seja feito a seu
favor também são pontos que atrapalham a obtenção de bons
resultados.
Outro empecilho
é a fase da mentira, na qual há uma tentativa de manipular as pessoas a
sua volta. Após essas etapas, ele ainda pode se vitimizar e culpar outros
problemas pela sua dependência. Assim, cria ferramentas para
desestruturar o seu tratamento até interrompê-lo, o que torna fundamental
o apoio familiar e psiquiátrico para estabilizar o humor, regular os
níveis de depressão, ansiedade e síndrome
motivacional.
Atualmente,
além do atendimento com psiquiatras, é possível utilizar uma psicoterapia
baseada na terapia cognitiva e comportamental, visando a criação de um
cronograma diário para definir o que o dependente químico precisa fazer.
O uso de estratégias para que ele possa reconhecer a doença e a necessidade
de se tratar também mostra-se muito importante, tanto quanto o
acompanhamento com um educador físico e nutricionista, pois o vício altera a estrutura do organismo como um
todo, fator que poderá favorecer o desenvolvimento de outras doenças,
como a pancreatite.
Como encarar as recaídas no tratamento da dependência química?
Suele
usou a seguinte metáfora para retratar como o paciente deve encarar as
recaídas: "eu faço hipismo, cada vez que eu caio do cavalo, dá um
medo, mas eu tenho que subir de novo, continuar galopando e saltando os
obstáculos". A psiquiatra acrescenta ainda que ele estará sujeito às
recidivas, porém, precisa entender que isso não significa ausência de
conquistas, e sim que é o momento de começar novamente de onde
parou.
Com o
tratamento, o indivíduo já tem ganhos e uma estrutura para lidar com esse
tipo de situação, que faz parte do processo e não deve ser um motivo para
interromper a recuperação.Qual o papel da família na cura da dependência química?
Os
familiares têm o papel de dar apoio, sem julgamentos, e ajudar o paciente
na sua reabilitação. No entanto, há casos em que a família pode facilitar
o tratamento ou prejudicá-lo — se for conivente com as ideias do
dependente de burlar nesse processo, por exemplo. Também é fundamental
que as pessoas saibam lidar com a co-dependência, ou seja, o
desenvolvimento dos mesmos sintomas de quem sofre com o vício —
depressão, ansiedade e sentimento de responsabilidade pelas atitudes
geradas pela dependência.
Desse
modo, os entes queridos precisam ser bem orientados para não adoecerem,
necessitam de psicoterapia, um trabalho de psicoterapeuta holístico,
entender bem o que é a dependência química e ter pulso firme para ajudar
na evolução do tratamento.Como um hospital especializado pode ajudar na cura da dependência química?
Infelizmente,
quando em estado de dependência química, o paciente não consegue entrar
em abstinência sozinho. Então, o tratamento
em regime de internação fechada possibilita que ele não entre em contato
com a droga, pois está em um ambiente protegido e com total suporte, o
que facilitará a continuidade da reabilitação. No hospital, ele passará
pelo processo de desintoxicação e poderá ter uma crise
causada pela falta da substância química em seu organismo, que é a parte
mais dolorosa do tratamento, visto que gera alterações físicas,
psicológicas, sudorese e até convulsões.
Nesse
caso, a instituição consegue ajudá-lo a superar esse momento.
Primeiramente, há uma remissão inicial — até um ano, pois nesse período
as chances de recaída são maiores — e depois a remissão permanente.Como escolher o melhor hospital para o tratamento?
A instituição precisa contar com profissionais especializados na área, que atuem na recuperação do dependente químico e diante de qualquer intercorrência, ser formada por uma equipe bem estruturada, oferecer avaliação nutricional para proporcionar suporte a pacientes subnutridos e ter diversas atividades terapêuticas, como o Hospital Santa Mônica, que é completo. Além disso, a instituição deve fornecer suporte 24 horas e contemplar todos os passos necessários para um tratamento eficaz.
Agora
que você descobriu se a dependência química tem cura ou não, e
compreendeu diversos fatores relevantes que envolvem o processo de
reabilitação, é muito importante que reflita sobre os ganhos que serão
proporcionados a partir de um tratamento adequado e veja que vale a pena
procurar profissionais capacitados para auxiliar no processo. Tenha em
mente que embora seja um problema crônico, tratar-se permitirá que a vida
ganhe um novo sentido.
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