Respeitando os
limites a prática pode trazer grandes vantagens para o organismo
A musculação na infância pode gerar inúmeros
benefícios tanto para as crianças como para os adolescentes, se for praticada
de forma correta, respeitando os limites e necessidades de cada um, seguindo as
orientações de treino e acompanhamento profissional. “Crianças não precisam
necessariamente optar pela musculação. Aulas de pilates, de circo, além das
atividades aeróbicas são excelentes opções já que também ajudam a fortalecer a
musculatura. Como o equilíbrio e o controle postural atinge sua maturidade por
volta dos 7, 8 anos de idade, o ideal é iniciar os treinos antes de atingir
essa faixa etária.” – explica o ortopedista e médico do esporte Thiago
Righetto.
Na fase pré-puberal é possível realizar exercícios
de fortalecimento muscular com sucesso, como os que envolvem pliometria e
treino neuromuscular com mudança de direção, tais práticas diminuem os riscos
de lesões, principalmente nas meninas. “Vale também ressaltar que crianças em
fase de crescimento não devem participar de competições que exijam muito do seu
corpo em relação ao levantamento de peso. Crianças devem treinar sem peso
inicialmente, seguido de carga baixa. Já os adolescentes devem começar com uma
carga baixa até que dominem a técnica do movimento de cada exercício” – afirma
Thiago.
Os responsáveis devem desencorajar os treinos em
casa sem supervisão, principalmente nos aparelhos de academia, e também os
treinos com cargas muito altas ou com movimentos rápidos, isso pode comprometer
a saúde da musculatura, causando lesões e estiramentos. “Estes aparelhos são
feitos para adultos, portanto para as crianças, os exercícios com pesos livres
são os mais indicados, mas sempre sob a supervisão de um responsável ou um
profissional da área” – comenta.
Os benefícios de atividades físicas na infância e
adolescência são enormes, como a melhora da capacidade cardiopulmonar, aumento
da densidade óssea, melhora do perfil lipídico e saúde mental, melhora no
estoque ósseo, o que é fundamental para prevenir a osteoporose e no rendimento
escolar. “Não existe contra-indicação específica. Os exercícios de
fortalecimento não lesam a placa de crescimento, não possuem efeito negativo ou
efeito deletério cardiopulmonar. Porém é importante sempre frisar que deve ser
respeitado os limites da criança ou adolescente, adequando a carga, a
intensidade e também a frequência. Caso haja algum problema de saúde, é
imprescindível o acompanhamento médico” – finaliza.

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