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Frutas e alimentos podem bloquear benefícios
quando consumidos em excesso ou de forma errada
Manter uma boa alimentação, regada de frutas e
hortaliças, somada a exercícios físicos é regra para quem busca saúde, ainda
mais em uma geração em que taxas de obesidade têm crescido consideravelmente.
De acordo com a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Riscos e Proteção para
Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), divulgada pelo Ministério
da Saúde, o índice de obesidade no Brasil passou de 11,8% para 19,8%, entre
2006 e 2018. Contudo o que muitos não sabem é que nem tudo o que é considerado
bom traz benefícios à saúde, quando consumido em excesso.
De acordo com a psicóloga e coach em
emagrecimento, Aline Del Rio, tudo o que vem em grandes quantidades faz mal.
“Por isso, temos de manter sempre o equilíbrio. É importante introduzir frutas
na alimentação, porque concentram sais minerais, vitaminas e fibras. Elas podem
trazer vários benefícios. Contudo, em grandes quantidades, pode acontecer o
contrário e prejudicar o organismo, principalmente se ela vem em forma de suco,
porque, assim, acabamos tirando totalmente as fibras, que nos ajudam a diminuir
a absorção da frutose”, explica ressaltando que esse processo pode aumentar os
riscos para problemas, como gordura no fígado e ácido úrico no sangue.
Aline afirma que não existe fruta vilã na
alimentação. “Na verdade, existem as com índice glicêmico mais baixo, que
colaboram com um processo de emagrecimento, e as com índices maiores. A mais
famosa é a banana, rica em carboidrato. Porém podemos recorrer a algumas formas
para consumi-la, sempre pensando no equilíbrio. Uma opção é a banana da terra,
que tem um índice bem menor e pode ser preparada com canela.”
Já o consumo de açúcar, na maioria das vezes,
torna-se viciante. Conforme Aline, estudos mostram que o vício em açúcar chega
a ser maior que em algumas drogas. “A ingestão de muito açúcar vai aumentar o
índice de glicemia, de insulina e posteriormente de gordura, já que o corpo não
vai absorver esse açúcar como fonte de energia, provocando a obesidade. Uma das
formas de a gente driblar essa necessidade do açúcar é consumindo as frutas in
natura”, aconselha.
A tapioca, queridinha de muitos atletas, nada
mais é que um carboidrato e, apesar de ser mais natural, em excesso, também
pode causar acúmulo de gordura através do índice glicêmico maior. “No entanto
há maneiras de consumir sem culpa. Entre um pão francês e uma tapioca, mil
vezes a tapioca, porque, além de ser de uma fonte natural, ela não contém
glúten e, como consequência, não provoca inchaços nem indisposição. Podemos
prepará-la com um ovo, colocar sementes, como chia e linhaça e escolher
recheios com mais proteínas”, orienta. Por sua vez, o alimento light geralmente
tem cerca de 20% a menos de algum ingrediente na sua fórmula. Comparado ao
original, ele pode ter menos gordura, por exemplo, mas na sua formulação podem
acabar aumentando outro componente.
Aline reforça a importância de os pais começarem
a introduzir alimentos in natura logo que as crianças começam a consumir
comidas mais sólidas. “Em vez de oferecer uma papinha comprada, faça em casa,
mais natural. Evite sabores mais gordurosos, com mais carboidrato. Desta forma,
a criança vai se acostumar com o paladar e manter essa alimentação saudável
sempre. Não há necessidade de a gente tirar tudo do cardápio, basta manter
sempre o bom senso”, finaliza.

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