Depois das dores
na coluna, as dores nos ombros são as reclamações mais frequentes nos
consultórios
Os ombros são as articulações mais flexíveis do
corpo humano, permitindo movimentos que chegam a quase 360°. Eles também são
responsáveis pelo movimento dos braços, juntamente com a musculatura das costas
e peito e por isso, uma lesão nesta região pode prejudicar e muito, a
mobilidade e a qualidade de vida do paciente. “Normalmente nos atentamos apenas
a coluna e acabamos esquecendo dos cuidados com os ombros, mas a grande questão
é que negligenciar essa região pode trazer complicações relevantes” – pontua
Thiago Righetto, ortopedista e médico do esporte.
O primeiro passo é avaliar qual é o tipo de dor, a
intensidade e se ela é temporária ou frequente. Segundo o especialista é
importante se manter atento a qualquer sinal diferente no corpo, uma vez que as
dores nos ombros podem se tornar crônicas e de difícil tratamento. Ou seja, se
a dor persistir por alguns dias e ou piorar mesmo com o repouso, é aconselhável
procurar um médico; em outros casos, pode ser apenas um mau jeito, uma
sobrecarga temporária, ou um movimento brusco feito de maneira equivocada e
ocorre melhora progressiva mesmo sem tratamento.
Por isso, manter essa região (músculos e tendões),
fortalecida é extremamente importante tanto para a parte funcional, quanto para
a parte estética. Além de ser a principal maneira de evitar doenças como:
tendinose, bursite, artrite e osteoartrite. Temos que pensar que usamos os
ombros no dia a dia, principalmente durante movimentos dos braços acima do
nível da cabeça.
Outra maneira de evitar problemas nessa região é
praticar atividade física de maneira consciente, evitando a sobrecarga do corpo
e respeitando os tempos de pausas e cessando o exercício a qualquer sinal de
incômodo. “A área da musculação em na academia é uma das favoritas dos alunos,
mas se praticada sem supervisão, determinados exercícios podem provocar
sobrecarga nos tendões e articulação, podendo causar tendinose, lesões
musculares e até desgaste da cartilagem” – explica Righetto.
E, além disso, as bolsas e mochilas usadas para
carregar roupas, acessórios e outros objetos também podem estar contribuindo
com o aumento da sobrecarga muscular e alterações posturais em virtude do
excesso de peso e da maneira errônea de carregá-la, colocar e retirar do chão.
“O ideal é que a bolsa não pese mais de 10% do peso da pessoa e que tenha duas
alças, para evitar a sobrecarga em apenas um lado” – resume.
Dr. Thiago Righetto - Médico
ortopedista (CRM:125.722), com especialização em traumatologia do esporte e
cirurgia do joelho. É membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e
Traumatologia, Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho e da Sociedade
Brasileira de Artroscopia e Traumatologia; é também diretor da Associação
Brasileira de Medicina de Áreas Remotas e Esportes de Aventura; e membro das
internacionais ISAKOS, AAOS e AMSSM. Já foi médico pelo Comitê Paralímpico
Brasileiro (CPB) na Paralimpíada do Brasil em 2016 e da seleção de judô
paraolímpica de 2014 a 2018 e atualmente atua junto ao CPB.
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