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domingo, 10 de março de 2019

Qual a influência do sono quando falamos de qualidade de vida?


Irritabilidade, cansaço e problemas de memórias são algumas das consequências das noites mal dormidas


O ritmo agitado da vida moderna tem feito a população dormir cada vez menos. Entre os distúrbios do sono mais comuns nas noites dos brasileiros, a insônia, o ronco e apneia são, respectivamente, os maiores vilões do bom sono. É o que diz a Associação Brasileira do Sono (ABS), ao apresentar o número de pessoas que sofrem com insônia no país: cerca de 73 milhões.

Segundo o neurologista e membro titular da Academia Brasileira de Neurologia, Dr. Marcílio Delmondes Gomes, a insônia está ligada à várias outras doenças, como a obesidade, depressão, hipertensão, diabetes e ansiedade: “É durante o sono que o nosso organismo se restaura, equilibrando a produção de hormônios, fortalecendo a imunidade e fixando o aprendizado. A privação do sono pode atrapalhar desde o desempenho físico, a produtividade no trabalho e até as relações sociais”, destaca Marcílio. 

Dormir bem ao longo da vida é essencial para o envelhecimento saudável. É durante o sono reparador que várias funções, sejam físicas ou mentais, são reguladas e garantem a vitalidade geral do organismo. Uma boa noite de sono, somada com hábitos saudáveis, traz longevidade e saúde.


A insônia

Afetando a capacidade de dormir ou de permanecer dormindo, a insônia é um dos distúrbios mais comuns. Pessoas com esse problema costumam começar o dia mal, apresentando cansaço, dores de cabeça e alterações no humor. A falta de energia também atrapalha a concentração, aumentando o risco de acidentes, o que compromete a qualidade de vida de forma geral.

A insônia pode ser causada por vários fatores, entre os mais comuns, estão: os maus hábitos de sono, determinadas doenças, além de alguns medicamentos e estimulantes, como café, nicotina e bebidas alcoólicas. "É comum que em algum momento da vida, principalmente com a avanço da idade, a insônia apareça. É preciso estar atento aos sintomas e buscar ajuda caso sinta dificuldades em dormir”, alerta o médico.


Deve ser levado a sério

Entre os dias 11 e 17 de março, acontece a “Semana Nacional do Sono”, promovida pela Associação Brasileira do Sono. Esse ano, com o slogan “dormir bem é envelhecer com saúde”, a campanha nacional busca conscientizar sobre a importância da quantidade e da qualidade do sono, para que todos possam usufruir uma melhor qualidade de vida quando chegar a terceira idade. 


Como dormir bem

Com a diminuição natural dos hormônios conforme envelhecemos, o sono dos idosos podem se tornar mais leve e com menor duração. Algumas medidas podem ser tomadas durante toda a vida para aumentar a qualidade do sono, garantindo a saúde e bem-estar.

“A prevenção de distúrbios, como a insônia, é feito apenas mantendo os bons hábitos na hora de dormir: exclua os estimulantes; evite jantar e se deitar; use a cama apenas para dormir; não se exponha a forte luzes durante a noite, como as de celulares e computadores; faça atividades relaxantes antes de dormir, como ler; só se deite quando se sentir sonolento e prepare o ambiente para deixa-lo o mais escuro e silencioso possível”, finaliza o neurologista.




Dr. Marcílio Delmondes Gomes (CRM 2659) - especialista em neurologia e atua na Clínica Neurosono em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Formado pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), também é membro titular da Academia Brasileira de Neurologia/ABN. É especialista em Eletroencefalografia e Polissonografia pela Sociedade Brasileira de Neurofisiologia Clinica, e especialista em Medicina do Sono pela Academia Brasileira de Neurologia/ABN, pela Associação Médica Brasileira/AMB e Associação Brasileira do Sono.


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