Irritabilidade, cansaço e problemas
de memórias são algumas das consequências das noites mal dormidas
O ritmo agitado da vida moderna tem feito a população
dormir cada vez menos. Entre os distúrbios do sono mais comuns nas noites dos
brasileiros, a insônia, o ronco e apneia são, respectivamente, os maiores
vilões do bom sono. É o que diz a Associação Brasileira do Sono (ABS), ao
apresentar o número de pessoas que sofrem com insônia no país: cerca de 73
milhões.
Segundo o neurologista e membro titular da Academia
Brasileira de Neurologia, Dr. Marcílio Delmondes Gomes, a insônia está
ligada à várias outras doenças, como a obesidade, depressão,
hipertensão, diabetes e ansiedade: “É durante o sono que o nosso
organismo se restaura, equilibrando a produção de hormônios, fortalecendo a
imunidade e fixando o aprendizado. A privação do sono pode
atrapalhar desde o desempenho físico, a produtividade no trabalho e
até as relações sociais”, destaca Marcílio.
Dormir
bem ao longo da vida é essencial para o envelhecimento saudável. É durante o
sono reparador que várias funções, sejam físicas ou mentais, são reguladas e
garantem a vitalidade geral do organismo. Uma boa noite de sono, somada com
hábitos saudáveis, traz longevidade e saúde.
A
insônia
Afetando
a capacidade de dormir ou de permanecer dormindo, a insônia é um dos distúrbios
mais comuns. Pessoas com esse problema costumam começar o dia mal, apresentando
cansaço, dores de cabeça e alterações no humor. A falta de energia também
atrapalha a concentração, aumentando o risco de acidentes, o que compromete a
qualidade de vida de forma geral.
A
insônia pode ser causada por vários fatores, entre os mais comuns, estão: os
maus hábitos de sono, determinadas doenças, além de alguns medicamentos e
estimulantes, como café, nicotina e bebidas alcoólicas. "É comum que em
algum momento da vida, principalmente com a avanço da idade, a insônia apareça.
É preciso estar atento aos sintomas e buscar ajuda caso sinta dificuldades em
dormir”, alerta o médico.
Deve
ser levado a sério
Entre
os dias 11 e 17 de março, acontece a “Semana Nacional do Sono”, promovida pela
Associação Brasileira do Sono. Esse ano, com o slogan “dormir bem é envelhecer
com saúde”, a campanha nacional busca conscientizar sobre a importância da
quantidade e da qualidade do sono, para que todos possam usufruir uma melhor
qualidade de vida quando chegar a terceira idade.
Como
dormir bem
Com
a diminuição natural dos hormônios conforme envelhecemos, o sono dos idosos
podem se tornar mais leve e com menor duração. Algumas medidas podem ser
tomadas durante toda a vida para aumentar a qualidade do sono, garantindo a
saúde e bem-estar.
“A
prevenção de distúrbios, como a insônia, é feito apenas mantendo os bons
hábitos na hora de dormir: exclua os estimulantes; evite jantar e se deitar;
use a cama apenas para dormir; não se exponha a forte luzes durante a noite,
como as de celulares e computadores; faça atividades relaxantes antes de
dormir, como ler; só se deite quando se sentir sonolento e prepare o ambiente
para deixa-lo o mais escuro e silencioso possível”, finaliza o neurologista.
Dr. Marcílio Delmondes Gomes (CRM 2659) - especialista em neurologia e atua na
Clínica Neurosono em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Formado pela
Universidade Estadual Paulista (UNESP), também é membro titular da Academia
Brasileira de Neurologia/ABN. É especialista em Eletroencefalografia e
Polissonografia pela Sociedade Brasileira de Neurofisiologia Clinica, e especialista
em Medicina do Sono pela Academia Brasileira de Neurologia/ABN, pela Associação
Médica Brasileira/AMB e Associação Brasileira do Sono.
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