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domingo, 3 de março de 2019
Parkinson pode ser tratado com estimulação cerebral
No campo da fisioterapeuta, os profissionais do
Centro de Excelência em Recuperação Neurológica (CERNE) comemoram os resultados
positivos na recuperação motora e principalmente na maior estabilidade postural
de pacientes que enfrentam a doença de Parkinson.
Esses resultados são possíveis graças ao investimento
na neuromodulação, técnica recomendada por médicos e fisioterapeutas, que
consiste na aplicação de um campo elétrico ou magnético que modifica e modula o
Sistema Nervoso Central ou Periférico.
Pacientes com depressão, um dos sintomas do
Parkinson, também têm manifestado bons resultados com o uso da técnica. Segundo
a fisioterapeuta e sócia do Centro de Excelência em Recuperação Neurológica
(CERNE) Mariana Carvalho Krueger, ela também é utilizada no tratamento de
pacientes com dores crônicas, Acidente Vascular Encefálico (AVE), traumatismo
raquimedular e traumatismo cranioencefálico, esclerose múltipla, paralisia
cerebral e autismo.
Em nenhum dos casos é preciso raspar o cabelo do
paciente. A prática se dá por meio da aplicação de corrente contínua de baixa
intensidade sobre o crânio, a qual é capaz de gerar excitabilidade ou inibição
cortical e, assim, interferir no desempenho de diferentes funções neurológicas.
Desta forma, o procedimento pode influenciar as funções motoras, sensoriais e
cognitivas. Já os efeitos dependem principalmente da polaridade de corrente
aplicada, da intensidade, do tempo de aplicação, da área estimulada e da
densidade dessa corrente.
Saiba a diferença:
A Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua
(ETCC) consiste na aplicação de correntes contínuas de baixa intensidade (de 1
a 2 mil ampéres) por meio de eletrodos colocados sobre o couro cabeludo, para
aumentar ou inibir a atividade elétrica de determinadas áreas do cérebro e,
desta forma, modular a excitabilidade cortical e interferir no desempenho de
diferentes funções. O aparelho é constituído basicamente por quatro componentes
principais: eletrodos (ânodo e cátodo), amperímetro (medidor de amplitude de
corrente elétrica), potenciômetro (componente que permite a manipulação da
amplitude da corrente) e baterias para gerar a corrente aplicada. “A técnica é
indolor, o paciente sente apenas um leve formigamento no local”, destaca a
fisioterapeuta.
Já a Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) utiliza
os princípios da indução eletromagnética para produzir correntes iônicas focais
no cérebro de indivíduos conscientes. A corrente induzida tem a capacidade de
despolarizar neurônios ou modular a atividade neural.
O estimulador magnético é composto por duas unidades
principais, uma bobina e um gerador de corrente. Para interferir na atividade
neuronal, a bobina deve ser posicionada sobre o escalpo do indivíduo e
direcionada para a área de interesse. A mudança constante da orientação da
corrente elétrica dentro da bobina é capaz de gerar um campo magnético,
induzindo correntes elétricas em áreas corticais, as quais podem despolarizar
neurônios e gerar potenciais de ação que fazem a neuromodulação.
CERNE - O Centro de Excelência em Recuperação Neurológica
Avenida Getúlio Vargas, 4.390, em Curitiba. Fone
(41) 3092-6366.
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