O Quociente de Inteligência Digital, criado pelo QD Institute (ligado ao
Fórum Econômico Global), pode ser definido como uma mudança de comportamento,
uma ruptura com velhas práticas para o desenvolvimento de novas habilidades,
visando inovação, cidadania, cultura e educação.
Ao falarmos de Quociente Digital precisamos falar de inovação. O professor de Harvard, Clayton Christensen, autor do livro ‘O Dilema da Inovação’, e mais novo colaborador da FranklinCovey, defende que alguns comportamentos humanos fomentam e geram inovação, fazendo com que o nosso Quociente Digital dê saltos positivos. Entre eles, estão o desenvolvimento de três fatores: empatia, confiança e sinergia.
A empatia se dá quando eu entendo as pessoas de maneira real e desenvolvo a capacidade de influenciá-las. Isso requer respeito, compreensão mútua e capacidade de ouvir. Um bom exemplo de empatia é criação do Puff Solar pela doutora Alice Min Soo Chun, após o terremoto no Haiti. Sem energia elétrica, os moradores usavam lamparinas de querosene para iluminar as noites, o que provocava fumaça e, consequentemente, problemas de saúde. Ao se deparar com a necessidade daquela comunidade, Alice teve a ideia de criar o Puff Solar, que é um cubo portátil de luz, que gera energia a partir de finas placas solares que abastecem uma bateria de lítio. Como podemos perceber, a chave da inovação não está na tecnologia, e sim na capacidade de se estar atento às necessidades humanas.
Já confiança é a variável mais poderosa que os líderes podem alavancar diante das rápidas mudanças de cenário do mundo moderno. Somente as empresas que conseguem implementar mudanças rapidamente conseguem prosperar. E isso só ocorre por meio da confiança. Quando a confiança da organização é baixa, a velocidade de mudança é menor e os custos aumentam. Pela nossa experiência de atuação em mais de 160 países, não existe nada mais rápido e ágil do que a velocidade da confiança.
Além de empatia e confiança, o último comportamento que promove o Quociente Digital é a sinergia, cujo conceito é baseado na frase de Stephen R. Covey, ‘Se duas pessoas têm a mesma opinião, uma delas é desnecessária’. Ou seja, um mais um não pode ser igual a dois, e sim a três, a 10, a 100 ou a 1000. É um novo modelo mental, altamente eficaz, que tem como objetivo encontrar uma solução melhor do que a que eu e você tínhamos, inicialmente, pensado. É baseado em criatividade, cooperação, diversidade e humildade. Sinergia não se trata de tolerar diferenças, mas de celebrar as diferenças.
Não é possível mudar ou inovar se eu não pratico empatia. Não é possível ser ágil, em termos de economia digital, sem ter confiança. Não é possível alcançar resultados sustentáveis se eu não pratico sinergia. Esses são os três comportamentos que ajudam pessoas e organizações a aumentarem o seu quociente digital.
Bill Moraes - vice-presidente da
FranklinCovey Brasil – líder mundial em eficácia corporativa e pessoal.
Consultor responsável pela metodologia das 4 Disciplinas da Execução, tem mais
de 20 anos de atuação em cargos de liderança em empresas públicas e privadas,
nas áreas de tecnologia da informação e vendas complexas de serviços. É
bacharel em Ciências da Computação pela UMESP e possui MBA em Liderança e
Gestão Organizacional pela FranklinCovey Business School, onde hoje também atua
como professor titular em Gestão Estratégica de Negócios, Inteligência da
Execução e Liderança de Pessoas e Equipes.
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