WCS Brasil, que atua diretamente em projetos de conservação focados na Bacia Amazônica, comemora a medida: “toda a biodiversidade da Amazônia se beneficiará com esta medida, que se agrega a outras iniciativas em curso pela proteção da maior Bacia Hidrográfica do Planeta”, destaca Organização
Foi
aprovado, nesta semana, o Plano de Ação Nacional para Conservação de Mamíferos
Aquáticos Amazônicos Ameaçados de Extinção (PAN Mamíferos Aquáticos
Amazônicos), que contempla seis espécies: boto-cor-de-rosa,
peixe-boi-da-amazônia, ariranha, lontra, tucuxi e boto-do-araguaia. A
iniciativa, que será coordenada pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação
de Mamíferos Aquáticos (CMA), do ICMBio, tem como objetivo reduzir e mitigar as
pressões do homem e aumentar o conhecimento sobre os mamíferos aquáticos da
Amazônia, visando a sua conservação até 2024.
O
PAN estabelece estratégias prioritárias de conservação para três espécies
ameaçadas de extinção constantes da Lista Nacional de Espécies Ameaçadas de
Extinção, sendo uma classificada na categoria EN (em perigo) Boto-cor-de-rosa
(Inia geoffrensis) e duas classificadas na categoria VU (vulnerável)
peixe-boi-da-amazônia (Trichechus inunguis) e ariranha (Pteronura
brasiliensis). Em paralelo, serão traçadas ainda estratégias para conservação
de outras três espécies, sendo duas espécies classificadas como NT (quase
ameaçada) Tucuxi (Sotalia fluviatilis) e lontra (Lontra longicaudis) e uma
espécie de considerada ameaçada de extinção no segundo ciclo de avaliação do
estado de conservação de mamíferos aquáticos (2016-2020), o boto-do-araguaia
(Inia araguaiaensis).
Para
Carlos Durigan, diretor executivo da WCS Brasil, que atua desde 2004 na
Amazônia e lidera a iniciativa Águas Amazônicas (IAA), apesar de focar em
seis espécies, toda a biodiversidade da Amazônia se beneficiará desta medida,
principalmente as espécies e ecossistemas aquáticos da região.
“Tradicionalmente, os ecossistemas terrestres têm sido priorizados em medidas
de conservação e manejo na Amazônia, porém a vulnerabilidade dessas espécies
mostra a importância de ações como o PAN e a IAA e como elas podem se
complementar para efetivamente evitar que a vida na região como a
conhecemos não seja mais tão afetada”, destacou.
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