A vacinação durante os primeiros anos de
vida é a principal forma de prevenir doenças, segundo especialistas
Dados
divulgados em 2018 pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), revelam que a
vacinação de crianças no Brasil atingiu o índice mais baixo em 16 anos. A meta
do Ministério da Saúde era imunizar 95%, mas a cobertura variou entre 70,7% e
83,9%. Para a farmacêutica e sócia-administradora da clínica de vacinação
Maximune, Manuella Duarte, a queda da imunização infantil se deve,
principalmente, a diminuição dos casos de algumas doenças; divulgação de fake
news (notícias falsas); e crescimento de famílias que se juntaram a
movimentos antivacinas.
“A
queda no número de crianças imunizadas pode estar relacionada a redução dos
casos de algumas doenças, pois, com isso, os pais acham que não precisam mais
vacinar seus filhos para aquela enfermidade. O que é errado, já que patologias
antes erradicadas podem voltar à tona”, afirma Manuella, que ainda aponta como
exemplo o caso do sarampo que, dois anos após receber o certificado que
atestava sua eliminação, voltou a surgir expressivamente no Brasil em 2017.
De
acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), houve uma queda significativa
no número de vacinação em crianças entre 2016 e 2017. Esse fenômeno ficou
marcado pela grande incidência de notícias falsas sobre a eficácia real das
vacinas, e informações falsas sobre a procedência das mesmas. Segundo Manuella,
o tabu sobre a vacinação deve ser quebrado. “A falta de conhecimento acerca da
eficácia das vacinas é preocupante, porque em um período de 12 meses, por
exemplo, uma doença já erradicada, ganhou força mundial por conta da acomodação
dos pais e crenças em dados falsos sobre a vacinação”, explica.
A
fase mais importante para a vacinação na infância é na faixa de 0 a 5 anos,
quando existe uma porcentagem maior de contágio de doenças infecto-contagiosas,
que podem, em muitos casos, levar a criança à óbito.
Com
o período de férias chegando e o aumento da temperatura, a atenção quanto a
vacinação deve ser redobrada. Com o clima úmido e quente, doenças sazonais têm
grandes chances de surgir durante o verão. Para que isso não aconteça, é
necessário manter a carteirinha em dia. “É preciso estar atento a carteirinha
de vacinas das crianças, pois, doenças como as hepatites, coqueluche,
meningite, sarampo, tétano, febre amarela e poliomielite são muito graves, e,
quando não há imunização, podem ser fatais ou deixar sequelas por toda a vida”,
orienta Manuella.
A
imunização dos pequenos é de suma importância em qualquer fase da infância.
Sobretudo, é importante se ater a necessidade da vacinação e as doses para
garantir que tais doenças permaneçam erradicadas. Além disso, a Sociedade
Brasileira de Imunizações (SBIm) disponibiliza todos os anos a cartilha de
vacinação vigente, onde estão especificadas as vacinas necessárias e suas
respectivas doses.
RT Drª Virgínia Campos Dalmaso – CRM MG 58944
Maximune – Clínica de Vacinação
Endereço:
R. Lagoa da Prata, 1188 - Salgado Filho, Belo Horizonte
Horário
de funcionamento: segunda a sexta de 8h às 19h e sábado de 8h às 13h
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