No calor do verão, é importante prestar
atenção à ingestão de líquidos para evitar um problema muito comum nessa
estação do ano, a desidratação, que é a perda da água do corpo, incluindo
eletrólitos vitais como sódio, cloreto e potássio.
A água representa cerca de 60% do peso
corporal em adultos e até 75% do peso corporal em bebês1. “Precisamos dela para funções importantes, como a
regulagem da temperatura do corpo, a manutenção da saúde da pele e das
articulações, a digestão dos alimentos, a remoção de resíduos e para auxiliar o
cérebro a trabalhar em sua melhor forma”, afirma Patrícia Ruffo, nutricionista
e Gerente Científico da Divisão Nutricional da Abbott no Brasil.
Em estágio mais elevado, a desidratação pode
causar complicações sérias, como convulsões, insuficiência renal e queda no
volume de sangue, o que consequentemente afeta a pressão arterial.
Pessoas de todas as idades, mesmo se forem
completamente saudáveis, estão sujeitas a um quadro de desidratação, mas bebês,
crianças e idosos estão especialmente propensas a esse risco.
“A desidratação se torna uma preocupação
quando uma pessoa perde apenas 3% da água do corpo”, ressalta Patrícia. Para um
bebê de 2,25 kg isso se traduz em apenas 236,5 ml (cerca de um copo de água
pequeno), portanto, a desidratação pode acontecer rapidamente.
Quando se trata de adultos idosos, eles podem
ter um baixo volume de fluidos por vários motivos diferentes. Um deles é que a
sensação de sede se torna menos aguçada com a idade. “Eles podem simplesmente
se esquecer de tomar água e nem perceber que não beberam líquido suficiente”,
lembra a nutricionista.
Existem outras causas de desidratação, como,
por exemplo: tomar medicações como diuréticos, que acabam desidratando a
pessoa, ou evitar beber líquidos suficientes simplesmente para reduzir as idas
frequentes ao banheiro.
ATENÇÃO AOS SINTOMAS
A desidratação pode tornar a maioria das
pessoas irritáveis e letárgicas, mas os sintomas podem variar de idade para
idade. “Bebês podem não produzir lágrimas, ter a boca seca ou uma febre de
baixo grau, e podem parar de molhar as fraldas. Os adultos podem apresentar
tontura ou sentir sede, dor de cabeça, constipação ou pele seca, e a urina pode
ser mais escura e concentrada do que o normal (geralmente transparente ou de
cor amarela muito clara) ”, alerta a nutricionista.
“Como os bebês são afetados rapidamente pela
perda de fluidos, é fundamental ligar para o pediatra assim que suspeitar de
uma desidratação e continuar com a alimentação normal, conforme necessário”,
diz Patrícia.
FLUIDOS EM PRIMEIRO LUGAR
– E ALIMENTOS CONTAM!
Caso as evidências apontem para a
desidratação, um copo de água é um bom começo, mas também é possível prosseguir
com uma solução de reidratação oral. “Quando perdemos fluido devido ao suor, ao
calor, à diarreia e ao vômito, os corpos também perdem eletrólitos — como
sódio, potássio e cloreto — necessários para manter o equilíbrio de fluidos e
manter o sistema nervoso e músculos funcionando de forma adequada”, explica. A
reidratação oral pode ajudar a restaurar estes eletrólitos perdidos.
Não se deve usar água de coco, isotônicos,
refrigerantes, sucos industrializados ou energéticos para reidratação, por
apresentarem osmolaridade e conteúdo de sódio inadequados para a reposição
hidroeletrolítica.
“Também é importante ter em mente que a hidratação
não se trata apenas do que bebemos, pois, os alimentos somam aproximadamente
20% da ingestão diária de água. Por isso, opte por alimentos ricos em água como frutas, vegetais,
aveia, sopa, iogurte entre outros”, finaliza.
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