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domingo, 20 de janeiro de 2019

Cardiologista do HCor alerta: calor aumenta o risco de infarto


Risco aumenta quando as temperaturas passam de 32ºC, o que é comum no verão, além de ser mais grave para quem já sofre com colesterol alto e hipertensão arterial. A medida em que o organismo se desidrata, ele fecha os vasos sanguíneos para manter a pressão arterial, e aumentar os batimentos cardíacos para se sustentar


Dias quentes, em que as temperaturas estão acima dos 30 graus, principalmente em algumas cidades litorâneas, podem favorecer a vasodilatação no corpo: um processo em que ocorre uma dilatação nos vasos sanguíneos, e pode provocar mudanças da pressão arterial sanguínea. Esse processo pode resultar em possíveis casos de redução da pressão arterial, além da desidratação, e ocasionar desmaio, tontura e arritmia cardíaca. As altas temperaturas aumentam a espessura do sangue, elevam a pressão e a frequência cardíaca e o risco de sofrer um infarto ou um derrame. Trabalhos científicos têm demostrado que as temperaturas elevadas podem aumentar o risco de desenvolver doenças cardiovasculares - especialmente nas pessoas com mais de 50 anos de idade.

O risco de infarto aumenta quando as temperaturas passam de 32ºC, o que é comum no verão, além de ser mais grave para quem já sofre com colesterol alto e hipertensão arterial. A medida em que o organismo se desidrata, ele fecha os vasos sanguíneos para manter a pressão arterial e aumentar os batimentos cardíacos para se sustentar. Segundo o cardiologista e coordenador do Programa de Infarto Agudo do Miocárdio do HCor, Dr. Leopoldo Piegas, as pessoas obesas, diabéticas e portadoras de algum problema cardiovascular fazem parte do grupo de maior risco e são as mais propensas a sofrer com as altas temperaturas.


Hidratação sempre!

“A orientação nestes dias quentes é manter-se sempre bem hidratado, evitar a exposição direta ao sol e fazer refeições leves, que exigem menos esforço do organismo durante a digestão. As altas temperaturas causam dores de cabeça, desconforto, desidratação, cansaço e podem aumentar o risco de morte precoce por problemas cardiovasculares”, esclarece Dr. Piegas.


Atenção redobrada com o grupo de risco: as pessoas que fazem parte do grupo de risco não podem fazer exercícios físicos sem uma avaliação médica prévia, assim como não devem abusar da alimentação. “É recomendado cautela também com as comidas típicas do período de férias na praia, principalmente aquelas com alto teor de colesterol - importante fator de risco para aterosclerose -, além de evitar o excesso de bebidas alcoólicas”, recomenda.

Outra recomendação importante é feita aos pacientes que usam medicamentos. No verão, o calor e a umidade aumentam a perda de água e sais minerais através da transpiração e da respiração. “Para evitar a desidratação é preciso ingerir bastante líquido. A atenção deve ser redobrada com os idosos e que fazem uso de diuréticos. Pessoas hipertensas, que precisam controlar a pressão arterial com medicamentos, devem ficar atentas à tendência natural do corpo de baixar a pressão nas altas temperaturas. Uma reavaliação médica durante o período de férias pode indicar a necessidade ou não de alterar a dosagem dos medicamentos”, alerta o cardiologista do HCor.


Sinais que podem indicar um infarto ou AVC durante as altas temperaturas:


Infarto: dor no peito que pode irradiar para o braço, costas ou para o queixo. Sensação de mal estar e sudorese fria, tontura, batimento cardíaco acelerado ou alterado.


AVC: dor de cabeça, tontura ou desmaio, distúrbio da fala, paralisia transitória de braços ou pernas.




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