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segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Aplicativo gratuito ajudará no controle e monitoramento de pragas na lavoura de algodão orgânico




A Embrapa Algodão, em parceria com a Universidade Federal de Campina Grande e o Instituto C&A, desenvolveu um aplicativo denominado SobControle, foi apresentado hoje, em evento na sede da Embrapa Algodão em Campina Grande, Paraíba. O algodão orgânico, consorciado com outras culturas agrícolas, tem sido cultivado, principalmente, no semiárido brasileiro nos estados do Ceará, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Piauí. O cultivo de culturas orgânicas está em crescimento no Brasil e o desenvolvimento de inovações e tecnologias auxiliam as produtoras(es), além de melhorar a produtividade no campo, reduzindo impactos socioambientais.

“Os níveis de produtividade e produção do algodão orgânico ainda são muito baixos, não representa nem 0,01% da produção do algodão brasileiro. Pensando nisso, desenvolvemos o aplicativo, já que acreditamos que as tecnologias e inovações aproximam os jovens do manejo do algodão, além de potencializar melhores práticas na agricultura familiar”, afirma Fábio de Albuquerque, pesquisador da Embrapa Algodão.

O aplicativo permite uma troca de conhecimento e experiência entre agricultoras(es) sobre o manejo do algodão orgânico, reduz a distância entre as produtoras(es) e permite a identificação, erradicação, controle e monitoramento de pragas nas plantações do algodão. Além disso, oferece assessoria técnica, já que essa função tem sido limitante para a expansão da cotonicultura de base agroecológica no semiárido.

“A essência da iniciativa é empoderar os agricultores(as) naquilo que eles já fazem tão bem, mas com suporte técnico. De maneira que as argumentações não fiquem no campo da experiência ou achismo e que seja possível ter uma memória de tudo o que tem sido realizado dentro das unidades produtivas, nas comunidades e na região”, completa Cláudio Baptista, professor da UFCG.
Durante o processo de criação do aplicativo, a Embrapa Algodão e a Universidade Federal de Campina Grande trabalharam intensamente no desenvolvimento de pesquisas e ferramentas voltadas às(aos) pequenas(os) produtoras(es) de algodão. Com a ajuda da Diaconia e do Esplar, parceiros que atuam na região, a Embrapa Algodão cadastrou uma parte das agricultoras(es) do semiárido e as condições de suas unidades produtivas.

Essas informações servem de base para tomada de decisões quanto aos melhores arranjos produtivos em cada propriedade. Dessa forma, será possível traçar uma geografia mais precisa das regiões produtoras, suas peculiaridades, seus desafios e, potenciais. O aplicativo é uma iniciativa complementar ao trabalho realizado pelas organizações envolvidas, porém com maior amplitude, fluidez e rapidez nas respostas.

“O Instituto busca fortalecer iniciativas inovadoras e inclusivas por meio de parcerias com atores regionais. Para nós, é um motivo de orgulho fazer parte de uma iniciativa liderada pela Embrapa Algodão e Universidade Federal de Campina Grande. Este projeto vai além do desenvolvimento de tecnologias voltadas ao cultivo do algodão sustentável; ele permite uma troca de conhecimento entre as pessoas, influenciando na melhoria da qualidade de vida das famílias situadas no semiárido brasileiro”, conclui Luciana Pereira, Gerente de Matérias-Primas Sustentáveis do Instituto C&A.  





Instituto C&A



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