Cartilha orienta adolescentes sobre gravidez precoce a
partir de uma história real
Material que oferece apoio pedagógico e informativo é
recomendado para atividades da Semana Nacional de Prevenção à Gravidez na
Adolescência, estabelecida este ano por Lei.
O
presidente da República Jair Bolsonaro sancionou a Lei nº 13.978, que
acrescenta ao Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/1990) artigo
instituindo a data de 1.º de fevereiro para início da Semana Nacional de
Prevenção da Gravidez na Adolescência.
Com
isso, nesse período, atividades de cunho preventivo e educativo deverão ser
desenvolvidas conjuntamente pelo poder público e por organizações da sociedade
civil. A oficialização da data, que será celebrada anualmente, foi proposta em
2010 pela então senadora Marisa Serrano (PSDB-MS).
Para
auxiliar no trabalho de prevenção à gravidez na adolescência, a consultoria
Educapress em parceria com a Ativa Online acaba de lançar a cartilha “Diário de
Uma Menina Adolescente e Grávida”, indicada para distribuição na rede pública e
privada de ensino fundamental - o Estatuto da Criança e do Adolescente define
como criança quem tem até 12 anos incompletos e como adolescente, quem tem
idade entre 12 e 18 anos.
Esta
publicação é um primeiro passo para a definição, pelas escolas municipais e
estaduais, públicas ou privadas, de políticas públicas que gerem uma sensação
de segurança para que os adolescentes mudem suas atitudes em relação à
prevenção.
E
tem uma abordagem focada na realidade dos jovens sem ferir suscetibilidades
ideológicas, morais ou religiosas. Uma ferramenta útil a ser utilizada pelos
educadores para iniciar a abordagem do tema nas escolas, e que pode também ser
compartilhada com as famílias, envolvendo-as no esforço de conscientização e
prevenção.Seu conteúdo foi apresentado nesta quinta-feira (17), para educadores
representantes de 45 secretarias municipais de Educação, durante encontro
realizado pela Undime-SP (União dos Dirigentes Municipais de Educação), na
Capital, tendo sido muito elogiado.
“O
Diário de Uma Menina Adolescente e Grávida”, escrito pela professora e
arquiteta Telma Valença Sant’Anna e ilustrado por Mariana Antonucci, reproduz cenas
cotidianas com linguagem acessível e ilustrações associadas ao universo do
público-alvo, em sintonia não só com a realidade individual das alunas, como
também com a realidade das comunidades nas quais estão inseridas.
O
texto e as ilustrações da cartilha respeitam a realidade social, cultural e
econômica dos jovens estudantes brasileiros em grupos de risco, também
propiciando a participação e integração das famílias no processo
sociopedagógico escolar.
“Nosso
produto foi elaborado com base em hipertextos que provocam o interesse e a
curiosidade sobre uma história real entre adolescentes em idade escolar,
oferecendo um conjunto de situações e diálogos que podem ser discutidos e
compartilhados entre os colegas de escola, amigos e também pela família. Para
os professores, é um material de apoio às demais iniciativas, pois oferece um
argumento para iniciar a abordagem do assunto com as adolescentes”, explica
Raul Christiano, da Educapress.
Dados
da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgados em fevereiro do ano passado
revelam que, na América Latina e no Caribe, a taxa de gravidez entre
adolescentes é a segunda mais alta do mundo, superada apenas pela média da
África Subsaariana. Na América Latina e no Caribe, ocorrem anualmente, em
média, 66,5 nascimentos para cada 1 mil meninas com idade entre 15 e 19
anos, enquanto o índice mundial é de 46 nascimentos entre cada 1 mil
meninas.
Levantamento
do Ministério da Saúde fechado em 2017 informa que, somente em 2015, foram
546.529 os nascidos vivos de mães com idade entre 10 e 19 anos. A taxa
apresentou, em 11 anos, queda de 17% no Brasil, conforme a base do Sistema de
Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc), já que, em 2004, foram registrados
661.290 nascimentos.
Naquele
ano, o número de crianças nascidas de mães adolescentes nessa faixa etária
representou 18% dos 3 milhões de nascidos vivos no país. O balanço do
ministério mostra que a região com maior prevalência de gravidez precoce, em
2015, foi o Nordeste (180.072 – 32%), seguida pelo Sudeste (179.213 – 32%).
A
cartilha “Diário de Uma Menina Adolescente e Grávida” está sendo oferecida para
todas as secretarias estaduais e municipais de educação, como ferramenta de
apoio didático.
(*) Com informações da Agência Brasil
Anexos: Capa e página interna da cartilha; registro da
apresentação da cartilha na Undime-SP
Educapress
Tel: 13 3321-6996 / 3321-6995
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