Encontro, que integrou as ações do Comitê de Estudos Avançados do
Futuro do Trabalho, foi realizado nesta quinta-feira (25) na sede da
Superintendência Regional do Trabalho
Os desafios da indústria 4.0 e a formação do trabalhador
do futuro. Esse foi o tema da segunda audiência pública regional realizada
nesta quinta-feira (25), em São Paulo (SP), no âmbito das ações do Comitê de
Estudos Avanços sobre o Futuro do Trabalho, criado pelo Ministério do Trabalho.
A audiência começou às 14h na sede Superintendência
Regional do Trabalho de São Paulo. A abertura foi feita pelo ministro do
Trabalho, Caio Vieira de Mello.
“Acredito no Brasil e acredito no futuro do
país. Por isso estou aqui, como ministro, para uma discussão tão importante.
Para ultrapassarmos a barreira tecnológica temos que pensar em inovação e
qualificação profissional. O trabalhador qualificado encontra trabalho”,
enfatizou o ministro, que destacou o saldo positivo de 137,3 mil empregos
formais em setembro, o melhor resultado para o mês nos últimos cinco anos, como
apontado pelos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) que o Ministério do Trabalho divulgou na
segunda-feira (22).
O encontro reuniu representantes de diversos setores:
indústria, sindicatos, universidades e Judiciário, entre outros. Durante a
audiência, foram apresentados estudos e trabalhos pelo Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea), Departamento de Engenharia de Produção da Escola
Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), Senai/SP e Centro Paula Souza.
A audiência foi finalizada com um painel de debates mediado pelo coordenador
geral do Comitê de Estudos Avançados para o Futuro do Trabalho, Mário Magalhães.
Também estiveram presentes o procurador-chefe da
Procuradoria Regional do Trabalho da 2ª Região, Erick Vinícius Schramm; o
superintendente regional do Trabalho de São Paulo, Marco Antônio Melchior; o
secretário de Inspeção do Trabalho do Ministério do Trabalho, Claudio Secchin;
o secretário adjunto de Emprego e Relação do Trabalho no Estado de São Paulo,
Bruno Maluly; o 2º vice-presidente da Federação das Indústrias do Estados de
São Paulo (Fiesp), José Ricardo Roriz Coelho; o presidente do Sindicato dos
Engenheiros do Estado de São Paulo, Murilo Celso de Campos Pinheiro; e a
coordenadora da Comissão Estadual de Emprego e Trabalho do Estado de São Paulo,
Layla Lopes.
Inteligência artificial e economia
compartilhada – A primeira audiência pública regional
promovida pelo Comitê de Estudos Avançados sobre o Futuro do Trabalho foi
realizada em Florianópolis, no dia 16 de setembro, ocasião em que foram
debatidos os impactos da inteligência artificial no futuro do trabalho. O encontro
aconteceu na sede da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina
(Fiesc) e reuniu empresários, trabalhadores e especialistas. A cidade foi escolhida para sediar o encontro por ser um
importante polo de informática e tecnologia do país.
A próxima audiência
pública regional será realizada em Recife, no dia 16 de novembro, para debater
a economia compartilhada. Paralelamente aos encontros estaduais, o Ministério
do Trabalho também realiza as reuniões do Comitê de Estudos Avançados sobre o Futuro
do Trabalho em Brasília. A terceira reunião do Comitê
está agendada para 30 de outubro.
Proteção
do trabalho – O Comitê de Estudos Avançados sobre o Futuro do Trabalho, criado
pelo Ministério do Trabalho, reúne representantes do governo, do Judiciário, do
meio acadêmico, de entidades de classe e sindicais (de empregados e
empregadores) e tem a missão de discutir e propor formas de proteção ao emprego
diante do avanço da automação.
As contribuições da
sociedade brasileira também são recebidas pelo Ministério do Trabalho por meio
de consulta pública (futurodotrabalho@mte.gov.br),
com foco em três assuntos: presença das novas
tecnologias nas atividades econômicas, impacto dessas tecnologias no mercado de
trabalho e políticas públicas que promovam a inclusão de trabalhadores no
processo de transformação.
As propostas serão
analisadas pelo comitê, e o resultado será compilado para discussão no Conselho
Nacional do Trabalho (CNT). A expectativa é de que o relatório final com os
estudos e proposições do grupo seja apresentado dia 23 de novembro.
Ministério do Trabalho
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