Na última
década, país registrou 257.405 internações por doenças infecciosas que poderiam
ser evitadas com imunização. Região de Ribeirão Preto superou média nacional
por habitante
A média de internações no Brasil por doenças que
poderiam ser evitadas com vacinas previstas no Calendário Básico de Vacinação
do SUS foi de 1,28 a cada 10 mil habitantes ao ano, no período de 2008 a 2017.
Na região de Ribeirão Preto, a média anual de internações por habitantes
superou a nacional e atingiu 1,80. A cidade com o maior índice foi Ribeirão
Preto, que registrou 2,76 internações a cada 10 mil habitantes. Sertãozinho e
Cajuru apareceram na sequência com média anual de 1,42 e 1,22, respectivamente.
É o que mostra o Boletim Saúde do Ceper/Fundace, baseado nos indicadores do
DATASUS (Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil).
Na última década, o país contabilizou 257.405
internações por doenças infecciosas evitáveis com vacinação. Destas 58,3% foram
causadas por tuberculose, seguida por meningite viral (14,%) e infecção
meningocócica (9,1%) com as maiores altas. Na mesma base de comparação, a
região de Ribeirão Preto teve 2.292 internações, sendo 1.132 por tuberculose
(aproximadamente 50%), além dos números expressivos de meningite (23%) e
coqueluche (15%).
Menores de 1 ano representaram uma média de 18,5%
do total de internações da região, número que alcançou os 21% de 2013 a 2015.
Outras faixas etárias que chamaram a atenção foram dos 30 a 39 anos (14%) e dos
40 a 49 anos (14%).
Ao todo foram registrados 77 óbitos na região
decorrentes de doenças que poderiam ser evitadas com imunização, média de 7,7
por ano, 74% do sexo masculino e 26% feminino. Seguindo a tendência nacional, a
tuberculose foi a principal responsável pelas mortes (76%) e a meningite viral
correspondeu a 9%. No período analisado, a região não apresentou nenhum óbito
por tétano, difteria, sarampo e caxumba, diferente do Brasil que teve 2% das
mortes relacionadas a essas quatro doenças.
A média de custo por internação no Brasil é de R$
1.650,00. Na região de Ribeirão Preto foram gastos no período R$ 3.646.692,09
com doenças evitáveis por vacinação, média de R$ 1.591,00 por internação.
Hoje, a rede pública de saúde disponibiliza em todo
o país 17 vacinas para combater mais de 20 doenças. São elas: tuberculose,
hepatite A e B, difteria, coqueluche, sarampo, caxumba, rubéola, varicela,
poliomielite, rotavirose, tétano, doença pneumocócica, doença meningocócica,
febre amarela, influenza (gripe), raiva humana, HPV, cólera, diarreia dos
viajantes e febre tifoide.
Adultos devem ficar atentos à atualização de quatro
tipos diferentes de vacinas contra a hepatite B, febre amarela, difteria,
tétano, sarampo, rubéola e caxumba. Para as gestantes, há três imunizações
importantes no Calendário Nacional de Vacinação: hepatite B, dupla adulto e
dTpa, que protege da hepatite, difteria, tétano e coqueluche.
Os dados completos do Boletim Saúde podem ser
acessados no site da Fundace: https://www.fundace.org.br/_up_ceper_boletim/ceper_201809_00398.pdf
Sobre
o Ceper – O Centro de Pesquisa em Economia Regional (Ceper)
foi criado em 2012 e tem como objetivo desenvolver análises regionais sobre o
desempenho econômico e administrativo do País. Reúne a experiência de diversos
pesquisadores da FEA-RP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade
de Ribeirão Preto) da Universidade de São Paulo em pesquisas relacionadas ao
Desenvolvimento Econômico e Social em nível regional, a análise de Conjuntura
Econômica, Financeira e Administrativa de municípios e Gestão de Organizações
municipais, entre outros. A iniciativa de criação do Centro foi dos
pesquisadores Rudinei Toneto Junior, Sérgio Sakurai, Luciano Nakabashi e André
Lucirton Costa, todos da FEA-RP/USP. Os Boletins Ceper têm o apoio do Banco
Ribeirão Preto, Stéfani Nogueira Urbanização, Incorporação e Construção, São
Francisco Clínicas, Citröen Independance, Ribeirão Diesel e CM Agropecuária e
Participações.
Sobre
a Fundace – A Fundação para Pesquisa e Desenvolvimento da
Administração, Contabilidade e Economia (Fundace) é uma instituição privada,
sem fins lucrativos, criada em 1995 para facilitar o processo de integração
entre a FEA-RP e a comunidade. Oferece cursos de pós-graduação (MBA) e extensão
em diversas áreas. Também realiza projetos de pesquisa in company,
além do levantamento de indicadores econômicos e sociais nacionais regionais.
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