Mais uma vez, a República Federativa do Brasil está
surpresa com denúncias e escândalos causados pela classe política. Antes,
poderíamos atribuir os malfeitos a um partido, mas, depois das últimas ações da
Procuradoria Geral da República, é possível chegar a conclusão de que falta de
conduta ética não está ligado a um Partido Político, nem mesmo a histórico
familiar, mas a ação de cada indivíduo que assume o poder.
Uma catástrofe atrás da outra. O Governo Federal está
inundado em lama. Dá nojo saber o que acontece nos bastidores da Praça dos Três
Poderes. Quanto mais a Procuradoria Geral da República e a Polícia Federal
trabalham, mais lixo e malfeitos aparecem. Parece, inclusive, um efeito
cascata, uma ação dividida em fases, uma mais surpreendente do que a outra.
Minha preocupação não está relacionada com os malfeitos
e com a prisão de agentes públicos ou afastamento de políticos de seus cargos
públicos. Sou taxativo: quem é acusado de crimes tem todo o direito de se
defender e os culpados precisam ser punidos exemplarmente, com os rigores da
Lei.
Diante de todo este quadro de podridão, fico preocupado
com a condição de milhões de brasileiros que estão desempregados, com a falta
de investimentos para a melhoria da qualidade dos serviços públicos prestados
para a população em áreas importantes, tais como: Educação, Saúde, Mobilidade
Urbana, Segurança Pública, Esportes, Cultura e a realização de obras de
infraestrutura, comprovadamente essenciais para melhorar a qualidade de vida de
todos nós, que somos brasileiros, e, apesar de não desistirmos nunca, estamos
exaustos de tantos desmandos.
Estou convencido de que a corrupção é uma das
principais causas da inexistência de investimentos que beneficiem quem carrega
o Poder Público com os impostos que paga, religiosamente.
Faz-se necessário destacar, ainda, que a crise
brasileira não é fruto de agentes econômicos desfavoráveis ou da falta de
dinheiro para a realização de benfeitorias. Com a experiência que adquiri na
iniciativa privada, tenho a convicção de que o grande problema brasileiro está
relacionado com a falta de bons gestores e Gestão Pública Eficiente, com
respeito ao erário público.
Não posso deixar de falar da ineficiência do Poder
Público em atender às reais necessidades da população, que tem as demandas
resolvidas de forma mais eficaz e eficiente pelas entidades sérias que integram
o Terceiro Setor.
De forma quase incontestável, é importante desabafar,
na qualidade de cidadão e homem público: precisamos analisar melhor quem
escolhemos para nos representar. Pessoas comprometidas e focadas na busca pelo
bem geral de todos.
Sem dúvida alguma, a existência da burocracia é um dos
fatores que contribui para a corrupção, embora ela seja importante no que tange
a análise criteriosamente de cada assunto. Precisamos analisar com sobriedade
os fatos apresentados, com a urgência que a nossa nação precisa e anseia.
Junior Aprillanti -
Engenheiro Agrônomo, Bacharel em Direito, Administrador, cidadão, casado e pai
de 2 filhos
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