Especialista da
Baker Tilly alerta para os riscos da segurança digital das empresas
O novo ataque cibernético atingiu empresas do mundo
inteiro ontem (27). Bancos, aeroportos, as oito unidades do Hospital do Câncer
de Barretos espalhadas pelo Brasil e até Chernobyl foram atingidos. O governo
americano monitora a ameaça do vírus Petya, responsável pela invasão.
Há pouco mais de um mês, o vírus WannaCry atingiu
mais de 230 mil computadores em 150 países. De acordo com a especialista em
Segurança da Informação, Gerente da Baker Tilly, Juliana Nicolau, os dois
ataques possuem semelhanças na forma de atuação com sequestro de dados e pedido
de resgate. “Mas, o que pode ocorrer é ainda muito pior”, alerta a
especialista.
Independentemente da maturidade ou particularidades
do negócio, Juliana recomenda que as empresas adotem uma solução de segurança
da informação o mais rápido possível. “Pequenas ações diárias como mudança de
senha, atualização do programa usado, backup de arquivos e cuidados com
aplicativos, e-mails e sites desconhecidos ajudam a minimizar os danos. Porém,
o ideal é que a organização contrate um serviço especializado em
cibersegurança”, afirma.
Para a gerente, é preciso criar uma estratégia de
segurança que leve em conta a consciência de que um novo ataque é apenas
questão de tempo. “Muitos executivos ainda mantém um postura reativa, enquanto
que é necessário agir agora e criar um sistema de proteção. Além disso, fazer
um plano de defesa é essencial”.
O ataque
Na Ucrânia, quem tentou sacar dinheiro de caixas
eletrônicos recebeu uma mensagem dos hackers, exigindo o equivalente a R$ 1 mil
para acessar a conta. O ataque cibernético foi tão grave que é considerado o
pior da história do país. Os testes de radiação da usina de Chernobyl tiveram
que ser feitos manualmente. Os controles de voos do aeroporto da capital, Kiev,
saíram do ar. Dezenas de decolagens e aterrisagens atrasaram.
Os ataques se alastraram pela Rússia, Noruega,
Romênia, Espanha, Holanda, Reino Unido e Estados Unidos. O Departamento de Segurança
Interna americano monitora a ameaça. Nos Estados Unidos, pelo menos duas
empresas declararam ter sido alvo dos hackers. Em maio, a rede de computadores
dos hospitais públicos ingleses foi derrubada. Nesta terça, foi a vez do vírus
Petya paralisar as oito unidades do Hospital de Câncer de Barretos, espalhadas
pelo Brasil.
Dicas
Faça backup dos seus arquivos. “Um dos
maiores danos que os usuários podem enfrentar é a perda de arquivos, por isso,
a melhor proteção é ter tudo salvo em outros locais como em um HD externo ou em
nuvem”, recomenda.
Suspeite de e-mails, websites e aplicativos
desconhecidos. Para contaminar os equipamentos da vítima com um
vírus do tipo ransomware, os hackers precisam instalar um software, que dá
início ao ataque. “Por isso tenha cuidado”.
Sempre faça atualizações. Atualizar
os softwares minimiza as vulnerabilidades e evita a instalação deste tipo de
vírus. “É recomendável usar sempre a versão mais atualizada do programa”.
Mude senhas. “Caso a
conta apareça como alvo de vazamentos mude a senha imediatamente em todos os
serviços usados”. A dica é usar combinações fortes e únicas, com letras e
números. “Nunca use a mesma senha para acessar diferentes tipos de serviços”,
finaliza Juliana Nicolau.
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