Apenas 5% dos casos diagnosticados apresentam algum risco
para o paciente
Extremamente comuns, os nódulos na
tireoide podem aparecer em qualquer pessoa, de qualquer faixa etária. De acordo
com dados da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, estima-se
que 60% da população brasileira terá nódulos na tireoide em algum momento da
vida. Porém, são poucos os quadros necessitam, de fato, de tratamento. Apenas
5% dos casos são malignos.
“O paciente deve estar atento a
qualquer sinal estranho na região do pescoço. Se sentir dificuldade para
engolir ou, ao passar a mão, detectar algum tipo de caroço, é fundamental que
ele procure um especialista”, alerta a Dra. Carolina Ferraz, endocrinologista
do Centro de Nódulos da Tireoide do Hospital Samaritano de São Paulo.
Ao serem diagnosticados, a
característica do nódulo no ultrassom deve ser analisada pelo médico, que
avaliará a necessidade de se realizar um exame denominado punção aspirativa com
agulha fina (PAAF). “O procedimento é simples e serve para definir se o nódulo
é maligno ou benigno”, explica a especialista.
Nódulos benignos
Os nódulos benignos geralmente são
assintomáticos, porém, se forem muito grandes (acima de 3cm), podem causar
certos desconfortos, como falta de ar e dificuldade para engolir, por exemplo.
O diagnóstico é feito via exame de
ultrassonografia e por meio da palpação do pescoço e não há um tratamento
específico para este caso. “Quando o nódulo é benigno, o indicado é apenas
realizar um acompanhamento semestral ou anual para checar sua evolução. A
cirurgia só é indicada quando o nódulo atrapalha o indivíduo”, afirma Dra.
Carolina.
Nódulos malignos
Os sintomas dos nódulos malignos são
geralmente os mesmos sintomas de um nódulo benigno, por isso, é importante
sempre que houver alguma característica suspeita no ultrassom, realizar o PAAF.
Quando diagnosticado, o tratamento do
câncer de tireoide é feito por etapas. “O primeiro passo é retirar a glândula
por meio de cirurgia”, explica a endocrinologista. Depois da cirurgia, o
paciente deve fazer um acompanhamento e exames para avaliar a dose adequada
para a reposição hormonal. “Existe uma terceira fase do tratamento, que envolve
a aplicação de iodo radioativo, mas que é realizada somente se o especialista
considerar necessário”, complementa a Dra. Carolina.
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