§ Dieta à base de verduras, carnes magras, peixes, ovos, cereais, leite e
ovos tem como objetivo melhorar a qualidade das células do óvulo e do
espermatozoide, prevenir os radicais livres e fortalecer o sistema imunológico
§ O ginecologista e especialista em Reprodução Humana, Dr. Luiz Eduardo
Albuquerque, diretor clínico da Fertivitro, alerta que carne vermelha e carboidratos
refinados são um risco para a capacidade de movimentação dos espermatozoides
Uma das principais propostas de uma dieta à base de verduras, carnes
magras, peixes, ovos, cereais, leite e ovos é a de melhorar a qualidade das
células do óvulo e do espermatozoide, prevenir os radicais livres e fortalecer
o sistema imunológico. “Como são alimentos antioxidantes, eles beneficiam todas
as células do corpo, incluindo o óvulo e o espermatozoide”, explica o
ginecologista especialista em Reprodução Humana, Dr. Luiz Eduardo Albuquerque,
diretor da Fertivitro.
Para quem está com a intenção de ter um filho, além de uma fazer uma
reeducação alimentar, o especialista da Fertivitro indica a prática regular de
exercícios físicos. “A atividade física,
realizada de forma moderada, evita a obesidade e, consequentemente, pode evitar
a Síndrome do Ovário Policístico (SOP), que geralmente prejudica a ovulação.
Exercício físico durante a gestação também pode evitar o ganho
excessivo de peso”.
O que comer
Alimentos ricos em Ômega 3 como os peixes, proteínas, grãos (vitamina
E), legumes e frutas são indicados, pois podem melhorar a qualidade do
espermatozoide.
Uma dieta adequada para beneficiar a fertilidade do homem e da mulher
deve ser rica em vitaminas A, B, B6, B12,
C, D e E, ácido fólico, selênio e zinco. Essas substâncias estão presentes em
carnes magras, cereais, verduras, carnes, leite, oleoginosas (soja, milho),
ovos e peixes. “A administração de
vitaminas e oligoelementos (microminerais) podem ajudar de uma forma racional e
econômica na luta contra a infertilidade, antes de iniciar um tratamento
médico. Alguns antioxidantes, vitaminas e minerais ajudam na fertilidade
feminina e masculina”, explica Dr. Luiz Eduardo
Albuquerque, diretor da Fertivitro.
Confira a importância de cada vitamina para a
fertilidade:
Vitamina C: tem sido associada com
a melhora da qualidade do esperma e fragmentação de DNA, auxiliando a reduzir
as chances de aborto.
Vitamina D: é necessária para
ajudar o corpo a produzir os hormônios sexuais responsáveis pela ovulação. Além
disso, quando diminuída esta associada a falhas de implantação do embrião.
Vitamina E: estudos demonstram que
a vitamina E melhora a qualidade dos espermatozoides. Ela também é um
antioxidante importante para neutralizar os radicais livres, ajuda a proteger o
esperma, auxilia na fertilização e na integridade do DNA do óvulo.
Evite
Se o objetivo é
engravidar, Dr. Luiz indica reduzir da dieta café, gordura e doces. “A
cafeína dificulta a absorção de ferro e cálcio, o que pode afetar a fertilidade
da mulher e causar complicações na gravidez”, alerta Dr. Luiz.
Evite o consumo de cigarros, bebidas alcoólicas, substâncias químicas e
hormônios masculinos, porque são contraindicados para quem pretende ter um
filho.
As dietas ricas em carne vermelha e carboidratos refinados prejudicam a
capacidade de movimentação dos espermatozoides. Estudos revelam que homens que
ingerem gorduras trans apresentam diminuição na quantidade de espermatozoides
encontrados no sêmen.
Sugere-se evitar carne bovina mal passada, peixe cru e alimentos que não
estão bem lavados, por transmitirem a toxoplasmose, entre outras doenças,
principalmente, para as mulheres. “Alimentos afrodisíacos, como amendoim, não
estimulam a fertilidade, isso é mito. Da mesma forma que comer abacaxi,
gelatina e inhame e tomar suplementos de A a Z não interferem na fertilidade”,
informa Dr. Luiz.
O
excesso de peso pode diminuir a fertilidade do homem e da mulher. O
desequilíbrio hormonal pode causar Síndrome do Ovário Policístico (SOP), ciclos
menstruais irregulares, anovulação (diminuição ou parada da ovulação) e poucas
chances de gestação. “Mas não é preciso
exagerar nas dietas e nos exercícios físicos, porque tudo em excesso pode ser
prejudicial”, aconselha o especialista da Fertivitro.
Tratamentos
Caso o homem ou a mulher apresentem indícios
de infertilidade, após um ano de tentativas de relação sexual frequente, podem
recorrer à medicina reprodutiva, Atualmente, existem três tipos de tratamentos
de reprodução humana: coito programado, cuja relação sexual é programada no
período fértil; Inseminação Intrauterina (IIU), que consiste em selecionar os
melhores espermatozoides e colocá-los dentro do útero, para facilitar o
encontro do óvulo com os espermatozoides; e a fertilização in vitro
(FIV), em que a fecundação dos gametas (óvulos e espermatozoides) é
feita em laboratório.
Dr. Luiz Eduardo Albuquerque - diretor clínico da Fertivitro, é
ginecologista especialista em Reprodução Humana. Mestre em Ginecologia pela
Unifesp e pós-graduado em Ginecologia pela Santa Casa de Misericórdia do Rio de
Janeiro (RJ), possui o TEGO - Título de Especialista em Ginecologia e
Obstetrícia, e o Certificado de Atuação na Área de Reprodução Assistida pela
FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia).
Em seu currículo internacional destacam-se: título de especialista em
Reprodução Humana pelo Instituto Dexeus, certificado em Barcelona, na
Espanha; membro da American Society for Reproductive Medicine (ASRM),
nos Estados Unidos; e membro da European Society of Human Reproductive and
Embriology (ESHRE), na Bélgica.
O profissional atuou como diretor do Núcleo de Esterilidade Conjugal do
Centro de Referência da Saúde da Mulher, no Hospital Pérola Byington, em São
Paulo (SP), durante os anos de 2001 a 2003. Atualmente, faz parte do corpo
clínico da instituição, no setor de Reprodução Humana.
Foi médico do setor de Reprodução Humana da Unifesp (Universidade
Federal de São Paulo), entre 2004 e 2014.
Fertivitro — Centro de Reprodução
Humana
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