Núcleo Brasileiro
de Estágios investigou relação entre a conduta apresentada no ambiente de
trabalho e a contribuição efetiva dada pelos colaboradores
Em tempos de crise e alta
competitividade no mercado, um grande desafio para as empresas é incentivar o
bom trabalho em equipe e colher frutos a curto prazo. Quando leva seus
colaboradores a uma convivência séria, competente, harmoniosa e construtiva,
unindo respeito e eficiência na postura de seus comandados, o gestor promove a
produtividade e a organização obtém resultados promissores. Na corrida pelo
sucesso profissional, vale a reflexão: o comportamento pode pesar mais que o
desempenho? Essa foi a pergunta feita pelo Nube – Núcleo Brasileiro de Estágios,
entre 17 e 28 de abril, a 26.186 estudantes (com idade na faixa de 15 a 26
anos), em todo o Brasil.
O estudo apresentou na primeira
colocação, com ampla maioria, a alternativa “ambos são importantes”, com a
escolha de 76,25% (19.967) dos participantes. “É indispensável a presença de
competências técnicas e comportamentais para realizar as tarefas, pois só assim
as mesmas terão qualidade e eficácia, com o jovem sendo proativo, amistoso e
prestativo. Assim, haverá uma chance maior de atender aos prazos e às
expectativas direcionadas a ele”, avalia a analista de treinamento do Nube,
Greici Daniel.
Em segundo lugar, com 14,20% dos votos
(3.719), ficou “sim, o comportamento é o mais valorizado pelas organizações”.
“Diversos fatores serão levados em consideração no momento de promover ou
efetivar um colaborador, e não necessariamente algum ponto específico, como a
própria conduta. É importante observarmos o famoso conceito “CHAVE”.
Conhecimento, habilidade, atitude, valores e ética são analisados no momento de
contratar um colaborador e esse é um fator decisivo para identificar quem vai
ou não ter a empregabilidade garantida”, acredita Greici. Na mesma linha, a
especialista também faz um alerta: “o mercado está em busca de talentos, competentes
e comprometidos com ideais dignos. No entanto, a receita não está no alto
desempenho em determinada característica, e sim na performance alinhada à
postura; esse equilíbrio determinará o crescimento de um profissional
diferenciado”.
Na sequência, “depende do tipo de
empresa” despontou na terceira posição. Para 1.849 votantes (7,06%), as
corporações podem apresentar modos diferentes de avaliar os seus colaboradores,
estabelecendo prioridades específicas. Porém, se pintar dúvida entre qual
aspecto o estagiário ou o efetivo precisa se preocupar mais - se com as
atitudes ou o rendimento, é válido se atentar à dica: “deve existir um diálogo
permanente com o gestor, para alinhar as expectativas e entender qual é o seu
papel exato, pois dessa forma terá mais condições para contribuir de maneira
positiva e fazer a diferença”, acredita a analista. Greici completa: “É
igualmente fundamental, claro, observar os colegas para ter mais facilidade de
adaptação à rotina na empresa e às normas nela praticadas”.
Por fim, “não, o desempenho é mais
importante” acabou sendo a opinião de 2,49% (651). Fazendo um balanço do
estudo, Greici chama a atenção para a “balança ideal”, esperada pelo mercado de
trabalho brasileiro, quanto ao tema aqui investigado. “Um jovem com bom
comportamento vai agir de forma responsável, sendo pontual e esforçado, além de
procurar entender a sua função dentro da organização e verificar a melhor
maneira de contribuir com seus companheiros. A partir disso, agirá de forma
ética, unindo maturidade, profissionalismo e talento. Com essa receita, não há
mistério: a carreira bem sucedida será consequência direta”, conclui Greici.
Greici Daniel - analista de treinamento
do Nube.
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