A relação da água com os pacientes renais crônicos
Quando se
comemora o Dia Mundial da Água, todos as reflexões se voltam para a necessidade
de economia e uso consciente deste recurso.
Sabe-se também
que a ingestão de água diariamente é indispensável, independente da prática de
esportes ou da idade da pessoa. Porém, uma coisa que poucos têm conhecimento é
que para os pacientes renais a regra é diferente.
Durante o
tratamento de hemodiálise, os pacientes não podem ingerir água e líquido
livremente, como café, chás e alimentos ricos em água. Isso porque, com a
ausência de funcionamento dos rins, o líquido em geral fica armazenado no
corpo, assim como as demais toxinas nocivas ao organismo, saindo apenas durante
o processo da hemodiálise. Lembrando-se que cada paciente possui uma prescrição
específica, de acordo com sua saúde.
"Alguns
pacientes mesmo com os rins comprometidos conseguem eliminar um pouco de urina.
Neste caso, ele pode ingerir um pouco mais de líquido que os demais",
explica o médico nefrologista da Fundação Pró-Rim de Gurupi/TO, Dr. Alexandre
Luís Pasquali.
Quando o
líquido e toxinas ficam armazenadas no organismo em grande quantidade, existe o
risco de morte ao paciente. "Por isso, sempre orientamos que o paciente
não deve faltar às sessões de diálise e devem seguir todas as orientações
médicas de forma correta. Um dia a menos de diálise, pode ser fatal", explica
o médico.
Se por um lado
a água não é indicada para os pacientes renais, por outro, ela é essencial
durante as sessões de hemodiálise. É a partir dela que ocorre a filtração
do sangue nos pacientes. Se a água não for corretamente tratada, vários contaminantes
químicos, bacteriológicos e tóxicos poderão ser transferidos para os pacientes,
levando ao aparecimento de efeitos adversos, muitas vezes letais.
Para cada sessão de hemodiálise, com duração de cerca de quatro
horas, são necessários 400 litros de água, desde o processo
inicial. Segundo Maicon Aurélio de Vargas, coordenador de manutenção do
tratamento de água da Fundação Pró-Rim, a água para hemodiálise precisa passar
por processos físicos, químicos e bacteriológicos para garantir a sua pureza.
“É um trabalho complexo, muito técnico e que exige atenção e qualidade em todas
as etapas”, acrescenta.
Fundação
Pró-Rim
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