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segunda-feira, 6 de junho de 2016

Planos de saúde terão de cobrir exames para detectar Zika




PROTESTE havia pedido em fevereiro  a inclusão no rol de procedimentos obrigatórios, mas lamenta a restrição apenas ao grupo de gestantes e bebês com suspeita de infecção pelo vírus

Por determinação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a partir de 6 de julho, os planos de saúde serão obrigados a cobrir os exames para detecção do Zika Vírus em gestantes e bebês com diagnósticos de infecção pela doença. A PROTESTE Associação de Consumidores havia solicitado, em fevereiro último, a inclusão desse procedimento no rol de procedimentos em caráter extraordinário, diante da incidência da doença no país.

Na avaliação da PROTESTE, foi uma grande vitória a inclusão extraordinária dos testes para as gestantes e recém-nascidos com microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central, ou cujas mães tenham apresentado teste de diagnóstico com resultado positivo para infecção pelo Zika Vírus.  Mas vê incoerência na restrição à este grupo, uma vez que os exames para diagnóstico de dengue e chikungunya já fazem parte da lista de procedimentos obrigatórios, sem restrição por tipo de paciente. Até porque são doenças com características relativamente parecidas. Inclusive, para a dengue estão disponíveis os testes de IGM e IGG.

A norma foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (6), para vigorar em um mês. Os exames que farão parte da lista são: PCR (Polymerase Chain Reaction) para detecção do vírus nos primeiros dias da doença; o teste sorológico IGM, que identifica anticorpos na corrente sanguínea; e o IGG para verificar se a pessoa já teve contato com Zika em algum momento da vida.

De acordo com a ANS, as diretrizes foram estabelecidas com base na literatura científica mundial que indica as gestantes como o grupo populacional com maior potencial para sofrer danos com a infecção pelo Zika Vírus. Os testes de anticorpos IGM e IGG pelo método Elisa apresentam execução técnica mais simples e custo mais baixo. 

Nas reuniões do grupo técnico do qual participou, a PROTESTE solicitou a cobertura dos exames do vírus Zika para todos os pacientes, de forma a garantir um diagnóstico precoce, além de tratamento digno e pleno às pessoas já expostas a uma situação iminente de risco. Mas permaneceram de fora da cobertura os parceiros das gestantes, os idosos e as crianças. 

A incorporação extraordinária dos exames para diagnóstico de Zika foi aprovado pela diretoria colegiada da ANS, em parceria com representantes do setor, incluindo a PROTESTE. A discussão e definição da proposta de inclusão dos testes teve também a participação da Associação Médica Brasileira (AMB), Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), Associação Nacional das Administradoras de Benefícios (Anab), Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão (Anapar); Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), Autogestão em Saúde (Unidas), Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Federação das Sociedades de Ginecologia (Febrasgo), Federação Brasileira de Hospitais (FBH), Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML), Unimed Brasil e União Geral dos Trabalhadores (UGT).



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