Câncer
colorretal, câncer de estômago e câncer de esôfago são os vilões
A
Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED) alerta sobre a importância
do diagnóstico precoce nos três cânceres que mais acometem o aparelho digestivo
em referência ao Dia Mundial do Câncer, 4 de fevereiro. São eles: o colorretal,
mais incidente, estima-se que em 2016 a incidência seja de 34.280 novos
casos no país; de estômago, com incidência estimada em 20.520; e de esôfago,
estimados 10.810, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca).
É
essencial que a população conheça os sintomas desses três tipos de cânceres e
procurem seu médico caso sinta algo diferente, como alteração do hábito
intestinal, dor abdominal e declínio geral da saúde, por exemplo.
Confira
abaixo os sintomas e possíveis meios de diagnósticos para os três cânceres que
mais acometem o aparelho digestivo:
1º
maior vilão - Câncer colorretal.
Abrangendo tumores que agridem o cólon e o reto, segmentos do intestino grosso,
o câncer colorretal possui sintomas como sangramento anal, eliminação de sangue
ou muco nas fezes e alteração do hábito intestinal. Para a doença ser
diagnosticada é realizada uma colonoscopia, exame que permite a visualização
direta do interior do reto, cólon e parte
do íleo terminal através de um tubo flexível introduzido
pelo ânus, contendo em sua extremidade uma minicâmera de TV que transmite
imagens coloridas, podendo ser fotografadas ou gravadas em vídeo.
Segundo
Cláudio Rolim Teixeira, membro da SOBED, a colonoscopia é fundamental para o
diagnóstico dos pacientes. “O procedimento é o padrão ouro dos métodos que se
dispõem atualmente, esse exame é a melhor ferramenta no diagnóstico, prevenção
e tratamento do câncer colorretal”.
2º mais incidente
- Câncer de estômago.
Conhecido também como câncer gástrico, a doença apresenta três tipos:
adenocarcinoma, linfoma e leiomiossarcoma. Os sinais não são específicos, mas
alguns sintomas relativamente comuns podem ser indícios da doença, como dor
abdominal, fezes escuras, sensação de estômago cheio, dificuldade para engolir
alimentos, declínio geral na saúde, perda de apetite, náusea e vômito, vômito
de sangue, fraqueza ou cansaço e perda de peso involuntária.
Para
o diagnóstico da doença, o método mais eficiente é a endoscopia digestiva alta,
pois com o procedimento é possível fazer uma avaliação visual da lesão, com
realização de biópsias e a avaliação citológica. Apesar de existir exames que
detectam o câncer de estômago, grande parte dos casos somente são
diagnosticados em estado avançado, quando a possibilidade de cura é menor.
3º mais comum -
Câncer de esôfago.
Na maioria dos casos, se trata de um câncer silencioso que está em 6º lugar
das doenças mais frequentes em homens e ocupa a 15ª posição quando se trata de
mulheres, de acordo com dados do Inca. Responsável por 96% dos casos, o
tipo mais comum é o carcinoma epidermoide escamoso, localizado na região
superior do esôfago, trecho do sistema digestivo que conduz o alimento da boca
ao estômago.
Na fase inicial não possui sintomas, entre os possíveis sinais,
que consistem em indícios da doença já avançada, estão dor ao engolir,
emagrecimento, tosse, pneumonia por refluxo e rouquidão. Para o
diagnóstico é realizado uma endoscopia digestiva, exame de imagem que investiga
o interior do tubo digestivo, realizando biópsias que confirmam diagnóstico.
Segundo o endoscopista, Gustavo Andrade de Paulo, membro da SOBED, a
importância está em realizar a endoscopia para o diagnóstico precoce. “A
endoscopia digestiva deve ser realizada para o rastreamento porque se o
paciente só fizer o exame quando estiver com sintomas, a doença já pode estar
em um estágio avançado”.
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