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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Mês da Conscientização da Endometriose





Em geral, a endometriose surge no fim da adolescência e início da vida adulta, entre os 17 e 19 anos, mas o diagnóstico costuma vir bem mais tarde, porque infelizmente, ainda não há um exame específico para detectar a doença.

O diagnóstico pode ser feito pela combinação dos sintomas aliado a exames de sangue, ultrassonografia transvaginal e ressonância pélvica, além da laparoscopia, que é capaz de detectar a doença e já tratá-la no mesmo procedimento. Em média, leva-se oito anos até que seja identificada a doença, em parte porque as pacientes não reconhecem as cólicas como um sintoma grave e que precisa ser investigado.

A endometriose pode ser encontrada no ligamento perto da vagina. A doença gera um processo inflamatório e durante a relação sexual, quando há o estímulo desta região, a mulher sente dor. Este sintoma é progressivo, chegando a impossibilitar a relação sexual em alguns casos.

As cólicas intensas e as dores durante a relação sexual acabam fazendo com que muitas mulheres apresentem irritabilidade, tristeza, angústia e depressão. Além disso, mulheres com endometriose infiltrativa profunda apresentam orgasmos menos satisfatórios e em geral se sentem menos relaxadas após uma relação sexual.

O tratamento hormonal feito com análogo de GnRH, que diminui os níveis circulantes de estrogênio e progesterona, é uma opção, especialmente nos casos mais graves da doença. Esses medicamentos interrompem o funcionamento dos ovários (produção hormonal e ovulação) produzindo um efeito semelhante ao que ocorre na menopausa natural. Durante o tratamento, que dura em média entre três e seis meses, a paciente fica sem ovular e sem menstruar. Os análogos do GnRH são extremamente eficazes na redução da atividade dos pontos de endometriose e seu efeito é reversível. Após o período de tratamento, os ovários retomam a atividade normal e a paciente volta a ovular normalmente.

Usado imediatamente após a laparoscopia, o hormônio ajuda no controle da doença e torna-se tratamento complementar à cirurgia. O tratamento combinado, nesses casos, diminui as dores e melhora a qualidade da vida sexual das pacientes.

A doença é a maior causa de infertilidade feminina, mas o tratamento adequado é capaz de reverter o quadro. 


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