Aglomerações,
mau uso e compartilhamento de maquiagem
são as principais causas. Saiba como proteger seus olhos.
Todo
ano o carnaval aumenta o número de consultas nos serviços de oftalmologia. De
acordo com o oftalmologista do Leôncio Queiroz Neto, a conjuntivite, inflamação
da conjuntiva, membrana que recobre a esclera (parte branca do olho) e a face
interna da pálpebra é a doença ocular mais comum neste período. As principais
causas são as aglomerações, o mau uso e
o compartilhamento de maquiagem.
Agravantes na folia
O
oftalmologista ressalta que os tipos de conjuntivite mais comuns durante o
carnaval são a viral e a bacteriana. Neste período, comenta, a queda da
imunidade decorrente das noites mal dormidas e alimentação irregular aumenta a
predisposição à viral. Já as aglomerações e o aumento de bactérias no ar por
causa do calor que cria um ambiente perfeito para que se proliferem, contribuem
com o aparecimento da bacteriana.
Queiroz
Neto afirma que tanto a conjuntivite viral quanto a bacteriana são altamente
contagiosas. Podem ser transmitidas por um simples aperto de mão e até pelo compartilhamento de objetos. É por isso
que no carnaval os principais veículos de transmissão são as aglomerações e o
compartilhamento de maquiagem. O especialista lembra que a maquiagem também
pode causar a conjuntivite alérgica em quem já tem predisposição à alergia ou
conjuntivite tóxica quando os cosméticos penetram no olho.
Como prevenir
As
principais dicas do médico para curtir o carnaval e manter a saúde ocular são:
·
Lavar as mãos com frequência.
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·
Não coçar os olhos.
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·
Nas aglomerações, higienizar
as mão com álcool
|
·
Não compartilhar colírio ou
maquiagem.
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·
Dar preferência às toalhas descartáveis.
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·
Usar compressa de água fria e
filtrada sobre os olhos ao primeiro desconforto. Não desaparecendo o sintoma
consultar um oftalmologista.
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·
Descansar durante o dia para
manter a boa imunidade.
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·
Beber bastante água e consumir
alimentos ricos em ômega 3 para manter o filme lacrimal que protege a
superfície do olho.
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·
Lavar o olho abundantemente
caso penetre maquiagem ou qualquer outro corpo estranho como confete,
serpentina ou espuma de carnaval.
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Sintomas e tratamento
Os sintomas dependem do tipo de
conjuntivite, mas todas causam ardência, vermelhidão, coceira, sensação de
areia nos olhos, inchaço nas pálpebras e fotofobia ou aversão a luz. O especialista
afirma que a diferença está na secreção purulenta na bacteriana e aquosa na
viral, alérgica ou tóxica. O tratamento depende da gravidade e varia de acordo
com o tipo. Embora em 80% dos casos a conjuntivite não cause queda visual,
Queiroz Neto adverte que o tratamento inadequado pode provocar queda visual e
resistência à medicação. "Por exemplo, quando a maquiagem adentra no olho e o desconforto
permanece após lavar com bastante água,
pode ser sinal de alguma lesão na
córnea" afirma. Por isso, os colírios só devem ser usados com
acompanhamento médico.
Risco das lentes coloridas
No carnaval também é comum
brasileiros começarem a usar lentes de contato coloridas sem prescrição médica.
Um levantamento realizado por Queiroz Neto mostra que uma em cada quatro adaptações de lente de
contato são feitas sem supervisão médica.
O problema é que o uso de lente é contraindicado para 15% dos
brasileiros. Usar lente de contato não é brincadeira. A má adaptação pode causar
sequelas permanentes na visão, conclui.
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