Especialista
explica por que retirar sistematicamente os derivados deste cereal do cotidiano
podem ser extremamente benéficos para a saúde
Estudos de elevado nível de evidências científicas apontam que retirar sistematicamente os derivados do trigo do cotidiano podem ser extremamente benéficos para a saúde. Emagrecimento, desaparecimento de sintomas como refluxo, cólica e até mesmo reversão do diabetes são alguns dos resultados alcançados em dietas que tem como principal foco eliminar a ingestão do alimento.
Apesar de parecer radical, esta abordagem tem se mostrado extremamente poderosa em tratamentos e acompanhamentos médicos no combate ao diabetes e a obesidade. De acordo o médico Patrick Rocha, especialista no tratamento de diabetes e pesquisador da área de nutrição há cerca de 10 anos, um dos principais fatores observados nas últimas pesquisas a se levar em consideração para compreender a orientação é que o trigo consumido atualmente, não é mais como aquele consumido 30 ou 40 anos atrás pelas gerações anteriores.
"O trigo que era consumido há quatro décadas, era diferente do que é consumido hoje. Desde 1960, o trigo passou por diversas modificações genéticas, resultando em uma planta diferente, com maior quantidade de amido e um glúten muito mais problemático e agressivo para o corpo humano", comenta Dr. Rocha.
Dr. Rocha ainda destaca que o consumo está diretamente relacionado ao agravamento de complicação na saúde e doenças mais graves, como obesidade e diabetes. Além disso, outro ponto que da ênfase é que apesar de recomendações indicarem a substituição dos refinados por grão integrais, isso não é suficiente, pois os mesmo ingredientes nocivos são encontrados em ambos. Para se ter uma ideia, duas fatias de pão integral aumentam o açúcar no sangue mais do que duas colheres de sopa de açúcar de cozinha.
"O ideal é restringir tanto o consumo de refinados, quanto de integrais. Pode ser difícil em um primeiro momento e para tirá-lo da alimentação é preciso colocar outra coisa no lugar. Uma das minha recomendações é trazer de volta outros alimentos, como ovos, abacate, castanhas, manteiga, dentre outros. Alguns destes foram injustamente execrados na década de 70 e isso trouxe consequências graves para a saúde das pessoas, contribuindo para o que hoje é considerado uma epidemia de sobrepeso, obesidade e diabetes", complementa o médico.
Uma questão importante apontada pelos profissionais da saúde que defendem a necessidade de diminuir a ingestão do cereal é que os alimentos feitos com trigo elevam o açúcar no sangue, devido principalmente ao seu alto índice glicêmico. Assim, o consumo diário pode levar a elevações mais frequentes dos níveis de insulina que, por sua vez, criam a resistência à insulina, colaborando para o desenvolvimento do diabetes.
Atualmente,
a orientação de uma dieta rica em mais nutrientes e proteínas, privilegiando
alimentos naturais, está muito mais relacionada à necessidade de mudança de
estilo de vida, do que simplesmente a dietas temporárias com fins
estéticos. Abrir mão dos bolos, biscoitos, pães e pizzas pode ser uma
mudança difícil num primeiro momento, mas em contrapartida, ser extremamente
benéfica para a saúde e bem-estar a longo prazo.
Dr. Patrick Rocha (CRM-CE 8561) - é palestrante, pesquisador e apaixonado por saúde e nutrição. Dr. Rocha é Presidente do Instituto Nacional de Estudos da Obesidade e Doenças Crônicas (INEODOC) e autor dos livros "Emagreça com o Dr Rocha" e do treinamento para diabéticos "Programa Diabetes Controlada" que já transformou a vida de mais de 28 mil pessoas de todo o país. www.drrocha.com.br
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