Acidentes
deixam pessoas paraplégicas ou tetraplégicas e em 90% dos casos os pacientes
são jovens entre 10 e 25 anos
Rios, piscinas e mares; locais que no verão sempre estão repletos de pessoas que buscam alívio nas águas, diante do calor quase que insuportável. Mas o que poucos sabem é que um simples lugar de lazer pode oferecer sérios riscos para quem não toma os cuidados necessários. No Brasil, por exemplo, é alto o número de pessoas que sofrem acidentes em águas rasas, principalmente pelo famoso “mergulho de cabeça”.
Dados do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas mostram que a 4ª causa de lesão medular no Brasil é causada por mergulhos em água rasa. Além disso, 60,9% das pessoas que sofrem uma lesão por bater a cabeça ao realizar um mergulho ficam ou paraplégicas ou tetraplégicas. Em 90% dos casos, os pacientes são jovens entre 10 e 25 anos.
O ortopedista e especialista em coluna pelo Hospital das Clínicas de São Paulo, Dr. Rogério Vidal, diz que traumas graves podem ser causados, por um simples mergulho em locais desconhecidos.
“O calor propicia um aumento no número de pessoas nesses locais de água rasa e existe esse perigo escondido ligado ao mergulho, principalmente porque muitas pessoas não conhecem o local que vão mergulhar. Dependendo da pancada, a pessoa pode sofrer graves lesões na coluna vertebral”.
Segundo o especialista, em alguns casos a pessoa pode carregar uma paralisia definitiva.
“Alguns traumas na coluna, em função desse mergulho de cabeça, pode levar a pessoa a ficar paraplégica ou tetraplégica. Dependo do grau da lesão na coluna, pode ocorrer uma interrupção parcial ou total das conexões nervosas do cérebro para os membros”, alerta Dr. Rogério.
O ortopedista comenta ainda que já viu pacientes morrerem depois de fazer um mergulho de cabeça.
“Já vi casos em que a pessoa não resistiu aos ferimentos e morreu após esse tipo de mergulho em águas rasas. Por isso é fundamental a pessoa primeiro conhecer o lugar, antes de fazer qualquer tipo de mergulho. Em quase todos os casos, a pessoa que está nesse momento de lazer não consegue visualizar o fundo do rio, ou do lago e nem imagina a profundidade e o perigo”, conclui o especialista.
Dr. Rogério Vidal de Lima - especialista em Coluna pelo Hospital das Clínicas – SP, membro da SBOT - Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, membro da Sociedade Brasileira de Patologias da Coluna e ainda da International Affiliate Membership of AAOS – American Academy of Orthopaedic Surgeons. www.rogeriovidal.com.br
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