Pesquisar no Blog

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Incidência maior de raios solares no verão traz alerta para saúde dos olhos





 A exposição ao sol durante a estação pode colaborar para o desenvolvimento de doenças que podem levar à cegueira

Segundo a Organização Meteorológica Mundial (World Meterological Organization), este ano, o El Niño pode provocar um dos verões mais quentes dos últimos 65 anos e a liberação de raios UV tende a ser mais intensa do que anos anteriores. Diante desse cenário, os cuidados com a exposição da visão ao sol devem ser redobrados.
A população brasileira acima dos 50 anos de idade é a mais afetada e precisa estar ainda mais atenta à saúde dos olhos no verão. Isso porque, nessa faixa etária, a visão começa a apresentar alguns sinais do tempo, em especial, o aparecimento da vista cansada, maior sensibilidade ocular e a DMRI (Degeneração Macular Relacionada à Idade). Somado a isso, os raios UV emitidos pelo sol podem contribuir para a piora da visão visual, causando desconfortos e o agravamento de patologias já existentes.
Especialistas alertam que exposição excessiva aos raios solares pode favorecer o surgimento de danos, que podem ser evitados com medidas preventivas e atenção à saúde dos olhos. "Pessoas que ficam muito expostas aos raios UVA e UVB tem chances maiores de desenvolver doenças graves como a DMRI, por exemplo. A utilização de óculos de sol, bonés, chapéus ou viseiras diminui o impacto gerados por esses raios", orienta Dr. André Gomes, oftalmologista e Presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia.
No caso da DMRI, doença degenerativa da área central da retina, que provoca a perda progressiva da visão central, o paciente vai perdendo a nitidez e foco dos objetos. A patologia ainda pode ser classificada de duas maneiras, a DMRI seca, que ocorre quando existe um acúmulo de proteína e gorduras (drusas), localizadas na região macular, levando à atrofia -  mais comum na população, chegando a acometer cerca de 90% dos pacientes. Já a DMRI úmida (exsudativa), é mais agressiva, pois progride mais rápido, formando vasos sanguíneos que penetram e destroem a região macular. Nesse caso, a intervenção deve ser de início imediato, para evitar a perda da visão.
Por se tratar de uma doença degenerativa, a DMRI não tem cura, mas tem tratamento. Com a adoção de algumas medidas é possível prevenir o problema. Tais, como: realizar exames oftalmológicos periódicos, a prática de exercícios físicos, não fumar, e manter uma alimentação balanceada rica em legumes, frutas, peixes e nozes. Além disso, ter atenção aos sintomas pode impedir o desenvolvimento acelerado da patologia e garantir uma qualidade de vida aos pacientes portadores da doença. Em pessoas que já possuem a DMRI úmida, existe também um tratamento com princípio ativo à base de aflibercept, um antiangiogênico, que aplicado por meio de injeção intravítrea, inibe o crescimento de novos vasos sanguíneos, reduzindo o fluído de sangramento, melhorando a visão.
O desconhecimento dos sintomas da doença também é um sinal de alerta. Algumas pessoas, em contato com a iluminação solar, sentem pequenos desconfortos na visão, mas podem não considerar como algo relevante e, por isso, muitas vezes, não procuram tratamento.  
Há alguns sinais que sugerem que a DMRI esteja em seu nível mais avançado como linhas onduladas na vista, distorção de imagens, além de pontos escuros e espaços em branco na visão central. "Ao notar algum desses sintomas, o ideal é procurar um oftalmologista especialista em retina imediatamente", diz Dr. André. 

 Bayer - www.bayer.com.br.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Posts mais acessados