Dermatologista explica quais os cuidados que devem ser
tomados em cada idade
Toxina
botulínica, fios de sustentação, preenchimentos, laser, ácidos e
antioxidantes... São diversos tratamentos e que podem ser utilizados dependendo
da idade e da pele. O dermatologista Gustavo Braz Thá, da Clínica Thá
Dermatologia, esclarece que é preciso avaliar cada tipo de pele, estudar as
alternativas, de
acordo com a faixa etária do paciente e evitar a utilização de produtos
definitivos.
Embora o filtro
solar seja recomendado em qualquer idade, o médico faz uma ressalva: “Fatores de proteção igual ou maior
que 30 proporcionam uma ação perfeita para o controle da radiação ultravioleta.
Para os que trabalham em ambientes fechados, o fator 30 é suficiente. Além
disso, deve-se procurar o produto específico para o seu tipo de pele, como, por
exemplo, um gel para pele oleosa ou mais cremoso para peles secas”, destaca. A
seguir, os conselhos e orientações do especialista para cada fase da vida:
Crianças e adolescentes: “A mãe deve passar o filtro solar
nos filhos e, assim, esse hábito acabará sendo transferido a eles”, considera o
dermatologista, Dr. Gustavo Thá. De acordo com ele, esses cuidados devem
continuar quando as crianças chegam à puberdade. “O adolescente precisa passar
o filtro solar, que deve ser mais específico para o seu tipo de pele,
geralmente, um produto com ação de controle da oleosidade, de cravos e de
espinhas”, explica.
A partir dos 18
anos: Nessa fase, as meninas começam a perceber as primeiras manchas. “Os
jovens costumam chegar ao consultório com uma pele impecável e sempre
aconselho: o filtro solar é o melhor antirrugas.” Mas, diz ele, entre os 18 e
25 anos, é possível receitar antioxidantes noturnos à base de vitamina C para
controlar o início da pigmentação precoce da pele. Entre os 26 e 28 anos,
quando as linhas finas começam a aparecer, são recomendados outros procedimentos:
“A intervenção pode ser feita com os antioxidantes, mas também podemos utilizar
o ácido retinóico no inverno, que colaborará para a diminuição da oleosidade da
pele, comum na pele jovem”, diz. Para quem tem cicatrizes de acne, oriundas da
adolescência, podem
ser
feitas
aplicações seriadas de laseres fracionados.
Aos 30 anos: Aos 30 anos, manchas do excesso de sol começam a surgir.
“Podemos começar a intervir mais em peles de 30 anos, com peelings clareadores
mais fortes ou até utilizar lasers mais suaves para tratar as manchas ou
cicatrizes acneicas da adolescência que ainda persistem”, orienta o
dermatologista. Em geral, a partir dos 30 anos já é possível tratar as linhas
finas com toxina botulínica, o popular botóx. “Pequenas linhas que se formam ao
redor dos olhos ou até mesmo entre as sobrancelhas podem ser amenizadas com a
toxina.”
Aos 40 anos: Dr. Gustavo Thá explica que aos 40 anos é muito comum as
pessoas se queixarem de linhas de expressão ao redor dos olhos, entre as
sobrancelhas, até mesmo na testa e, eventualmente, na perda de contorno do
pescoço para a mandíbula. Eles explica que essas queixas, geralmente, podem ser
tratadas com a toxina botulínica.
Outra queixa frequente entre os homens e mulheres é a perda
significativa de volume no rosto. “Recebemos muitas reclamações por conta do
‘rosto magro’. Esse fenômeno ocorre com o tempo e nada mais é que o rosto
perdendo volume em regiões localizadas, como na região malar, ou maçã do rosto.
Isso ocasiona uma olheira escura, um aprofundamento nos sulcos, o ângulo da
mandíbula e do pescoço vai se apagando ou a bochecha pode perder conteúdo”,
explica. De acordo com o médico, o rosto vai emagrecendo, formando sombras e a
pessoa vai adquirindo uma feição mais envelhecida, sem ter perdido peso
corporal. “Por conta dessa perda de volume, o que fazemos é repor o conteúdo
perdido com preenchimento”, afirma.
O dermatologista comenta que antigamente era retirada gordura
corporal para fazer o preenchimento e, hoje, além da gordura, pode-se utilizar o
ácido hialurônico. “Essa é uma substância biocompatível e que,
aplicada por mãos treinadas, proporciona efeito natural quando injetada na
pele”, afirma. Ele esclarece que ao repor o volume facial, o paciente pode
ganhar um olhar mais descansado, uma face mais jovial e melhorar o seu
contorno, obtendo um aspecto mais harmônico do rosto. “Com os sulcos se aprofundando, formando linhas finas no buço ou
até mesmo nos lábios, conseguimos um rejuvenescimento facial muito bom, sem
deixar um volume exagerado”, observa.
Aos 50 anos: Quando o paciente chega aos 50 anos, é indicado fazer a
manutenção para a pele. “Quando começamos a tratar uma mulher de 50, que se
cuidou a vida inteira, não será preciso fazer muita coisa. Porém, se estiver
com uma pele desvitalizada, com linhas mais profundas, podemos partir para o
laser, que é a grande arma para o tratamento”, declara. O laser de CO² ou o
erbium, fracionado ou não, também podem ser recomendados e servem para melhorar
as linhas, desde as finas até sulcos mais profundos. “Dependendo do que se quer
atingir, podemos variar a aplicação de uma forma mais branda, com uma
recuperação entre três a quatro dias ou de uma forma mais forte, com
reabilitação entre sete e 12 dias”, detalha.
Aos 60 e 70 anos: Nessa faixa etária há uma combinação de tratamentos. “Os
pacientes podem ser submetidos a um laser para tratar as linhas de superfície,
uma radiofrequência ou infravermelho para a flacidez que pode estar incomodando
ou opções não cirúrgicas, como os fios de sustentação, que passam por dentro da
pele para garantir um melhor contorno do rosto ou a própria toxina butolínica
para relaxar um olhar mais pesado ou uma testa mais carregada”, comenta.
Clínica Thá Dermatologia - www.thadermatologia.com.br .
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